sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Tentativa

Eu vou andar por ai
procurando algo que talvez não exista
Vou buscar por onde nunca fui
talvez possa resgatar o que perdi
Primeiro hei de descobri o que é,
assim darei sentido ou direção
ao caminho que seguirei.
Encontrarei o que falta no coração,
no meu, no dele, no da gente...
Algo foi perdido por esse caminho
tão longo que foi percorrido.
Terei de regressar e olhar tudo
minuciosamente, até encontrar.
Será minha tentativa de resgatar
à melhor forma de nos amar!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desencantamento

... o tempo passa, e a gente vai crescenfo. Mudando. Perde o encanto por Papai Noel, não ri mais ao ficar sem graça, não fica mais corada ao ver uma certa pessoa, não suspira por paixões ilusórias, nem ao menos as tem. A gente muda. As coisas vão se tornando normais, nem todas as coisas são especiais, nem mesmo as pessoas. A gente cresce. Vamos perdendo o encanto por coisas poucas que antes pareciam fascinantes, perde a essência de fantasiar acontecimentos, perde a capacidade de sonhar...

... muito parece pouco, e até achar algo que lhe pareça grande... ah, demora!

Mas cada um faz a sua história.

Mudanças


É bizarra a forma como as pessoas entram na sua vida, a modificam, e saem. Somem. Morrem.

Não se sabe bem o motivo, mas gostaria de saber, a nível de curiosidade. Parecem ter medo do tudo que posso ser, Uma metamorfose ambulante, ambulante por conveniência. Admiro-me pela minha capacidade de adaptação. Mas quando não quero, bato o pé, tem de ser do meu jeito. E nem é tão mal quanto parece.

Os pensamentos são engraçados, voam, voam dentro de mim, antes que eu possa registrá-los. Acalmem-se, me deixarão louca. E a altura daqui causa uma boa morte.

Acho que só não quero que se fixem (os pensamentos) na pessoa errada. Há algo de errado comigo. Estou me tornando seca. Até demais. Das duas uma: ou ficarei prática (...) ou estilo 'Bento'. Das duas eu temo.

Adotei uma forma prática de abstração. E receio esquecer o que havia de melhor em mim. Suplico, me ensinem a me apaixonar antes que seja tarde. Rápido. Sozinha eu não consigo. Acabarei por criar uma bolha, onde ninguém entra, nem sai. Eu disse antes que seja tarde demais! Tornei-me exigente demais.
Pessoa mesquinha!

Ixi! Crise (...)! E aquela menina doce e meiga, que acreditava em contos de fadas?
Tem certas coisas que mudam no decorrer da vida, eu fui uma delas!

sábado, 20 de novembro de 2010

Sentindo-me novamente



Só queria deixar registrado de alguma forma que estou gostando dessa ideia! Se me assusta? Sim, um pouco. Como dissemos: "Quem diria?" não é mesmo?
Não sei muito bem...


Eu desenvolvi em mim uma capacidade de não gostar mais das pessoas, esse era um habito meu frequente, e de repente mudei ele, e sinto falta. Gostava de sentir frio na barriga por esperar a próxima vez que veria a pessoa, de esperar ela me ligar, de ligar só pra dizer 'oi' mas na verdade queria passar horas conversando só pra ficar ouvindo a voz tão esperada. Gostava de abraçar e não querer soltar, de ficar observando os detalhes, cada gesto diferente. Gostava de coçar a mão querendo segurar em outra mão, só pra ficar de mãos dadas, de querer ficar sentada lado a lado só pra ver o tempo passar, de conversar besteiras. Gostava da sensação de estar me iludindo, e eu sempre me iludia.

Mas hoje, simplesmente não consigo mais acreditar em paixões platônicas, acreditar em sentimentos tão especiais, não consigo me permitir a tanto. Coisas abstratas não fazem parte da minha atual realidade. Tenho sido prática demais, corporal demais, seca demais. Como se eu tivesse me matado. Resolvi minimizar tudo que antes eu acharia uma das melhores coisas do mundo. Parei de fazer de um verso uma canção, de ver borboletas onde não tem flores. E sinto falta. E não consigo voltar a isso tudo, a realidade chocou-se comigo, e abriu meus olhos de tal forma... que fechá-los não parece mais possível. Confesso que apesar de sentir falta de toda aquela candura apaixonante, não quero voltar a me iludir, eu a me iludir.

E novamente, eu não sei bem... mas começo a sentir algo de novo. Vou deixando rolar. Olha eu fazendo experiências comigo mesma. Não quero confundir as coisas. Mas se eu conseguir voltar a sentir o coração de novo, não usarei tanto da razão, e acho que encontrarei em mim algo de mim de novo. Talvez encontre inspiração pra escrever de novo. Já tenho querido, sem razão, estar abraçada, ficar abraçada; já sinto confiança em algo que nem sei. Mas o melhor disso tudo é saber que num estalar de meus dedos posso acordar pra realidade... mas enquanto isso... desculpe, mas fecharei os olhos, vou sentir um pouco o tempo passar por mim, uma brisa leve, vou deixar meus pensamentos pensarem o que quiser, dar asas a imaginação... vou sonhar um pouco, vou me permitir.

me avise quando eu estiver voando sozinha, tenho um pouco de medo de altura, e voar sozinha pode me deixar receosa. Preciso me preparar pra isso.



Sem palavras

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Assim, simplesmente assim tem saído as folhas que tento escrever...
Quantas milhares de vezes que já não se passaram de eu abrindo a página
para fazer uma nova postagem e não consegui escrever uma palavras das
coisas que pensava? Simplesmente não sei mais escrever.
 
Isso me desespera. Não mais expressar o que sinto, penso, o que sou.
O que mais poderei escrever? Assim eu pareço impotente. Tanta coisa
legal tem acontecido comigo, na minha vida, e não tenho nada registrado,
nada em minhas palavras. Nunca tinha demorado tanto pra escrever algo,
e tô aqui a muito tempo sem consegui escrever um parágrafo decente.
 
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Saudade

Eu não sei bem qual é o nome da sensação que sinto nesse momento. Não sei bem nem se era pra estar sentindo isso. Às vezes a gente tenta fazer a mente controlar o coração. E isso é possível. Mas é como se houvesse uma ferida sendo revirada sempre, cutucada, agredida... Mas dizem que às vezes é necessário que doa bastante para depois cicatrizar de vez. É como um machucado de uma criança que cai ao andar de bicicleta. Está doendo, mas é sabido que se lavar, passar álcool, facilita a cicatrização. Dói, eu sei, eu sinto... mas melhorará.


Tem um tempo já que me pergunto à que venho aqui, mas a resposta não me vem à cabeça. Está nas raízes, talvez, a razão. Está guardada na memória, nas marcas, nas fotos, na minha infância, na minha história... o motivo de tamanho amor. E que me carregam a continuar nessa tortura . A minha nostalgia faz isso!

Noto, é da infância que sinto falta. É da ingenuidade, das brincadeiras... dos campos mais verdes, das árvores, dos medos, da felicidade da chegada e da tristeza da partida. De cada detalhe que forma o que eu hoje eu chamo de tudo, tudo o que amo mesmo não sendo mais o que eu realmente amava. Como num casamento que é só paixão no inicio, mas ao passar do tempo passa a não ser mais o que esperava, o que realmente sentia já não existe, e já não entende mais o porquê, simplesmente se ama. E por mais que eu tente resgatar tudo o que realmente me fazia amar, as pessoas já não são as mesma, tanto aquelas que vêm, como aquelas que já estão; o lugar já não é o mesmo, tanto o de partida, quanto o de chegada. Eu não sou mais a mesma, tanto aquela de antes, quanto a de depois.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Empirismo total

Quanta coisa nova!

Sem saber direito a parte teórica, estou vivendo. Estou criando o meu manual de instrução. Quais são os primeiros passos eu já nem lembro, não registrei. Simplesmente passei por eles sem saber bem ao certo se era a maneira correta a se passar. Mas hoje estou aqui, e se estou é porque ainda não deu nada de errado, ou não de tão errado.

Com o tempo a gente vai aprendendo a se permitir, a olhar as coisas de uma nova perspectiva. Aprende também a não julgar tudo de forma tão rigorosa, e quebra alguns tabus que a sociedade emprega. E sabe outra coisa que vamos aprendendo? A conhecer, a explorar, a tentar... Por vezes nos fechamos contentados com o pequeno mundo em que se vive, e esquecemos que há muito o que conhecer, aprender. Há uma diversidade de coisas que nem sempre nos arriscamos a ir conquistar. Mas veja bem, o mundo é grande, mas é rico em detalhes, aprecie-os!

Convivi a pouco com muita diversidade, novas experiências, novos horizontes, novas aventuras... e só me encheram os olhos de querer colecionar mais e mais histórias pra minha vida. Aprendi na prática que as coisas vão mais além... além dos nossos passos, além dos nossos caminhos, além dos nossos olhos, além dos nossos sentidos, além de nossos pensamentos... as coisas simplesmente são mais do que esperamos. E se você ainda não notou isso, mude de perspectiva. As coisas, pessoas, lugares são ricos, depende do ponto de vista. Deixe que te surpreendam. Espere menos, mas aposte mais. Acredite!

Simplifique o que te incomoda, valorize o que te agrada. Essa é a real proporção que as coisas devem ter.
Não tenho conseguido expressar por palavras, não tem me sobrado muito tempo para isso. Tirei um tempo para viver enquanto sou nova. Estou agindo. Quando me sobrar inspiração, criatividade, e falta do que fazer eu teorizarei métodos de como viver. Enquanto isso, juntarei experiências, histórias, vidas. Nada de "disse, me disse"... nada de evitar nadar por mares desconhecidos. Usarei jangadas para explora-los, e me arriscarei mergulhando. E quando sentir medo, hesitarei... analisarei, mas não desistirei antes de ao menos ver, não sou super-herói, e sim sou ser humano, mas não louca. Os conselhos podem até ser bons, mas viver não tem sido nada mal! 

Note que a vida é você quem faz, e viva. Perceba que as vezes nos prendemos muito a tão pouco que perdemos o que temos de muito precioso: o tempo, a vida. Nunca é tarde para recomeçar. Envista em algo novo, aposte em si mesmo. Isso não são trechos de livros de auto-ajuda... e sim palavras de uma mera amadora da vida. Simplesmente da vida. Tanta coisa legal fui descobrindo, que muito anseio em ver todos descobrirem. Voe... voe para bem longe, mas não se esqueça nem um segundo que tens um ninho pronto pra te acolher quando precisar, por isso deixe-o bem, ame-o também e terás a certeza que podes voltar. Ninguém consegue voar por muito tempo sozinho. Mas abra as asas e comece a praticar, pois é necessário a partida para haver a volta. E é necessário pratica em voo para depois conseguir carregar alguém consigo. 



terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu quero ser poeta...

... E poder escrever sobre o que eu quiser, quando quiser, da forma que quiser. E simplesmente expressar da forma que eu bem entendesse o meu sentimento sobre os mais diversos assuntos. Ler coisas utópicas, escrever coisas utópicas. Acreditar, me iludir, criar o meu mundo, um mundo inteirinho só meu, um mundo paralelo a esse, que servisse como uma válvula de escape para as coisas que simplesmente não quero enfrentar por covardia, por valentia, por ignorância, por simplesmente não querer saber.
Quero ser poeta e não ter a obrigação de ler, fazer coisas que me chateiam, que me estressam, que me rodeiam... quero ser poeta e simplesmente ser eu. Pois assim serei eu sendo o que eu quero ser só porque gosto de assim ser. E assim serei o meu melhor, pois me encaixaria sendo eu. E ter o poder de brincar com as palavras.
Mas nessa sociedade, simplesmente ser o que realmente somos melhores, não nos dá sustento. E temos que nos dedicar para ser algo pré-moldado por outros, ainda que nós não nos encaixemos nesse molde. Mas é só cortar um bocado ali, encher um tiquinho aqui, e ir nos adaptando, nos recriando, porque o que somos não é o bastante para os outros, para todos.
Que bom que ainda posso ser poeta do meu jeitnho, ser poeta nos tempos vagos, ser poeta pra mim, ser poeta porque quero ser assim, e ser eu sendo o que quero ser, e sendo 'poeta' apenas uma maneira de dizer.

E vão... simplesmente vão.

As pessoas, cada uma da sua forma, vão crescendo, deixando para trás coisas, pessoas que já não pertencem ao seu dia-a-dia. Vão abrindo mão de certas coisas, abraçando outras. Vão mudando, se moldando. Nem sempre sabem o que estão fazendo, nem sempre reconhecem o que estão fazendo, mas vão... vão indo, vão mudando. Vão crescendo, e como crescem rápido. Homens e mulheres, tão diferentes daqueles que, sem distinção, eram apenas crianças. Podem ainda não ser adultos, mas estão crescendo, já se consideram como tais, já tentam dar passos maiores que a perna, já querem julgar mais criteriosamente, já querem perder a inocência, já querem andar sozinhos, sem dar a mão para atravessar, saem atravessando. Fazem o que antes achavam feio nos outros, mas ainda não sabem que não se tornou bonito só por ser ele a fazer. Mas vão... vão fazendo. Vão construindo suas próprias histórias, suas novas amizades, seu novo destino. Deixam de fazer parte de pessoas que antes eram a base forte. Largam bases, deixam de ser bases, constroem novas bases, e vão... simplesmente vão, ainda que sem base, vão. A vida é só uma, e a pressa vem batendo à porta, e aceleram passos, correm contra um tempo que não sabem contar, que não precisam contar, mas vão, desenfreadamente... vão. Vão vivendo, aprendem com o tempo a como viver, e ainda que não saibam, um dia aprenderão. Vão aprender, um dia... mas vão.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Próximo capítulo


Dizem que as pessoas entram na nossa vida meio que sem querer, mas nós é que permitimos a entrada delas. Eu quis você na minha vida, obrigado por me aceitar na sua. Eu pedi permissão, eu te avisei que estava entrando, ainda que meio sem jeito, e meio afobada. Agradeço muito por tudo!

Mas o tempo passou, tempo suficiente pra qualquer semente crescer e florescer. E esta cresceu, floresceu... mas não deu os frutos ansiados. Hora de inovar, de buscar novas sementes, e deixar esse terreno livre para ser semeado o que o destino permitir. Guardo os frutos dessa colheita, são bons, não nego.
Sou impaciente. Pensei que poderia esperar a eternidade, mas não... Você já aparentava muita acomodação. Se um dia o destino cruzar de novo, desta forma, os nossos corações... vejamos no que dá. Tudo tem seu tempo. Esse tempo não foi o nosso. Continuarei a escrever as minhas histórias, permita-me retirar-lhe dos próximos capítulos. Parada do jeito que estou eu não aguento.

Então, ainda que receosa, declaro pra todos os fins a minha saída da sua vida. Não total, lembre que já temos bons frutos, temos a nossa amizade. Sigo meu caminho, pararei de me privar, de só pensar em você. Apostei até as ultimas fichas... Deixei, propositalmente, esse sentimento enfraquecer radicalmente nos últimos tempos para tornar mais fácil essa saída. Já me sinto mais leve, mais livre. Decidi me livrar desse sentimento, decidi ser livre. Amores utópicos são lindos enquanto estamos de olhos fechados e de cabeça no travesseiro. Ao abrir meus olhos quero estar acordada e vivendo a realidade.

domingo, 20 de junho de 2010

O valor do valioso

Não quero escrever pra te comover, pra te dar dor na consciência ou deixar seu coração aflito, apenas espero que reflita. Eu te dizer tudo isso não significa que a razão é minha, posso estar enganada. E também não significa que seja apenas esse o caminho a ser seguido, a escolha é sua. Priorize o que ama. Que valor você está dando às coisas valiosas? O que você considera valioso? O que você escolhe valorizar? A vida é única, você só vive uma vez, que vida você quer viver? Nós sempre temos de focar um novo objetivo, e segui-lo. As pessoas que nos gostam irão nos apoiar, e jamais nos deixaram cair. Elas te entendem, e você as entende? Será que você ama mesmo as coisas ou pessoas que te amam de verdade? O amor é um sentimento puro, e é construído. Da mesma forma que se aprende a amar, que se constroi um amor... ele é destruído, é desgastado. É a tal da história da semente. Seu coração está fértil? Se não, não permita que percam tanto adubo.

Quando a gente foca demais numa coisa acabamos não percebendo que somos foco de alguém também. Somos responsáveis pelo que cativamos, assim dizia a raposa ao Pequeno Príncipe. Se não quer ser o foco de ninguém, então esclareça. Tudo na vida há seu tempo, há seu espaço... Mas cuidado para não acabar criando o seu próprio espaço, e exigir das pessoas que vivam no seu tempo. Se você fizer isso, é preferível que deixe a pessoa seguir seu próprio caminho independente. Ou ceda o seu espaço e compartilhe do caminho do outro, ou não poderá andar acompanhado.

Coração da gente é como folha de papel, uma vez amassado, jamais voltará a ficar liso. Sempre haverá as rachaduras, frágil.

Não sei bem o que dizer, mas me dói muito ver que optamos por seguir em caminhos distintos. Mas é que cansa ir sempre cedendo. Amo, não duvide, assim como o amor de outros são verdadeiros. O seu bem é o nosso bem. E o nosso bem é o seu bem?

A vida é complicada, e cada um tem a sua cruz pra carregar. Uma cruz que muitas das vezes escolhemos para nós pois achamos ser capazes de carregar. Não vale comparar o peso da sua com a da minha. Cada um tem uma força diferenciada.

Você escolherá as coisas pra sua vida, às vezes é necessário dar passos maiores dos que antes, a vida exige isso de nós para podermos evoluir. Às vezes se formos devagar também chegaremos longe, não se afobe não. Às vezes a pressa nos faz ir perdendo detalhes, perdendo valores, e amores. E o que mais vale? Focar e seguir direto, e deixar pra traz algumas coisas, pra traz pessoas, pra traz memórias, ou, ir... mas ir sem pressa e bem acompanhada, ainda que troque de companhia, mas que seja verdadeira e quem sabe de longa data?

" Quem vai sozinho pode até chegar mais rápido, mas quem vai acompanhado com certeza vai mais longe "

Se o destino é o mesmo, lógicamente o percurso em si será o mesmo, se falando fisicamente. Mas e as histórias que contará, e a vida que terá, e as novas experiências que terá... e tudo mais que constrir? Isso é o mais longe que se pode chegar, porque afeta sentimentos, em valores e amores. A distancia está na diferença de viver e simplesmente existir.

O caminho que escolherá nem sempre é o que melhor, o mais bonito, o mais agradável, mas que esteja certa da sua escolha. Pedra lançada, é pedra sem volta!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Resgate do essencial

Acabei esquecendo o que realmente importava ao transmitir meu sorriso. Deixei enfraquecer em minha memória as coisas boas que posso transformar com simples gestos. Deixei-me confundir com o resultado, como se ele realmente fosse essencial, mas o verdadeiro valor está no caminho que se percorre, e não apenas no produto. Mas resgatarei tudo o que me importava, o que eu valorizava, e que por mera consequencia, valorizava-me.

Neblina noturna

E o mundo sumiu
tapada pela

escondido pela neblina
que se sobrep pairou
sobre as luzes da cidade
sem deixar vestígios
de algumas lembranças,
esperanças que foram
disfarçadas durante
longos tempos.
Tempos abandonados
num horizonte distante
sem razão nem porquê.
E o leve e doce som
diminuindo gradualmente
até sumir definitivamente
quebrando o clima
e as expectativas avulsas,
sem compromisso, sem fundamento
apenas pra passar...
para matar o tempo e o frio.
Eis que surge uma chance,
a chance de mudar o
destino da noite
criar um novo e breve começo,
e modificar o fim!
Sumiu tudo,
sumiu até o mundo.
E todas as chances de existir.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Passos desajeitados

Pra começar, sabendo que todas as palavras já foram ditas, e que nenhuma ideia por mim exposta foi somente por mim pensada, começo a tentar gravar no papel palavras e pensamentos bizarros que passam depressa por minha mente, e sem permissão. E evaporam, somem dentro de mim sem a menor permissão.

Escolhi, desejei e fiz acontecer coisas novas, algumas mudanças, tudo de uma forma bem acelerada, tão doidamente, tão doídamente. Hoje percebo esses meus passos desajeitados, complicados e corridos, mas estou num pique tão grande que não consigo os acalmar, aquietá-los. É como se não pertencessem a mim, como se já não os pudesse guiar. É como se nada mais em mim estivesse ligado, como se não entrassem mais em acordo, totalmente independentes de si, totalmente fora de mim.

Com tanta busca por algo que eu não sabia o que, busca de algo que pudesse chamar de meu; o meu canto, o meu jeito, o meu pensamento, a minha independência, a minha vida; que acabo percebendo que perdi o meu espaço, o meu mundo. E não sei mais a que pertenço. Estou no meio do nada, com poucas perspectivas e esperanças, e não sei bem o que fazer, ou qual o próximo passo a dar.

Já não controlo muito bem minha mente, o meu tempo, minhas tarefas, minha fé, meu coração, minhas vontades, meu destino, minha vida. Corri muito, tenho de esperar. Irei virar uma, mais uma, página, e o que será escrito na outra não caberá a mim decidir.

(31/05/2010)

Acho que sempre acabo virando as páginas como uma forma de fuga. Fuga de mim.

Pingos de luz

Os pingos de luz que enxergo
daqui desse alto
não iluminam o que
anseio enxergar.
Cada um apenas marca
o que cada um pode representar,
o que cada um pode conter.
Cabe a mim, se quiser, imaginar
cada detalhe que lá devem viver
um esforço, um fracasso
uma dor, ...
Mas por que o faço?
Nem eu mesma consigo dizer
uma vontade que tenho de
não me importar só comigo.
Seja qual for o motivo
Ou de apenas ver
que apesar do parecer
eu sou feliz por estar vivo.



Voltando tarde da faculdade, dentro do ônibus ao ver de um certo ponto elevado as luzes da cidade, e parar para imaginar o que estaria a se passar em cada lar apesar da aparente beleza do lugar... muitas possibilidades que às vezes passam despercebidas ainda que se acontecessem ao nosso lado. Nessa nossa mania de se importar só consigo, acabamos por esquecer de perceber detalhes que mudaria a felicidade de outros, às vezes não muito... Mas são tudo hipóteses, teorias. Se eu mal entendo a minha vida, como posso prejulgar a do outro. Ou não!
(26/04/2010)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Às moscas

Quanta mosca por aqui. O porquê de não estar escrevendo nem eu mesma sei. Talvez falta de tempo, interesse, paciência e criatividade. A soma dessas coisas resultam nisso. Tenho rascunhado algumas coisas em papeis avulsos, tenho pensamentos que preferi perder dentro de mim, tenho sentimentos que tenho ignorado, tenho me esquecido um pouco para enfim poder ser o que nem eu tenho reconhecido. Recorda-se das mudanças que mencionei que haveria? Pois são elas. Ou não. Sinto como se tivesse dado um grande passo, me lançado do penhasco de asa-delta sem nem ao menos saber como e onde pousar. Ainda não sei voar. Saltei de um avião, e nem me lembro de ter posto o para-quedas. Estou indo por instinto numa direção que jamais ousei. Uma hora ousaria. Guio-me apenas por sons ainda distorcidos, irreconhecíveis. Temo. Sim, temo. Mas ainda não sei o que. Mas sigo, parada eu não fico! Temo mais a imobilidade, a comodidade. Sou inquieta.
Por hoje, não tenho o que escrever... e a preguiça me impede cruelmente de transcrever meus últimos rascunhos.

Vou-me, um dia eu volto. Mas não me aguarde. Siga-me.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pontas extremas da mesma ponte



Passou algum tempo, alguns passos diferentes, e éramos amigas confidentes. Aonde está ela agora? Tento resgatar o que o tempo e a distância insistem em prejudicar, uma amizade... a nossa amizade. Lembra dela? Aquela mesmo que  construimos dia após dia, acreditando que duraria eternamente, nada nem ninguém poderia abalar.
Hoje nos vejo como numa ponte, mas não apoiada uma a outra, nem se quer na mesma direção, estamos nos seus extremos, enclinadas a caminhos opostos e sem meios de ligação. Guardarei em mim histórias que jamais quero esquecer, marcas de uma amizade verdadeira que teima em enfraquecer, sem razão ou porque determinados. E tudo foi como tinha de ser. Mas o que será eu ainda não sei, nem sei o que esperar, me resta torcer.
O que farei dos meus segredos, expectativas conselhos e receios? Alguém pode me dizer? Novas amizades virão, mas nenhuma irá substituir a nossa, nenhuma será tão poderosa. É uma questão de cultivo, de prioridades. Que nós não estaríamos juntas sempre, e que não seríamos iguais eternamente, eu já sabia.  O que eu não sabia é que me doeria tanto pensar que aquilo que mais apreciava em nós se acabaria tão inconsciente.
Nossa amizade não tem valor, não tem razões, simplesmente era o que nós deixávamos ser. E hoje o que ela é? No que se tornou? Dizem que tudo tem seu fim, mas ao menos me diga que fim a nossa amizade tomou!

Eu te amo mais que muita coisa. Priorizo e necessito de nossa amizade!

Quem diria que nem Cuba e Brasil, nem EUA e Canadá... iriam nos separar... mas Seropédica e Niterói sim ?! Jú, eu sinto tanto a sua falta. Hoje sinto como se, apesar de te conhecer, não te conhecesse mais. Apesar de nos conhecer, não nos reconheço mais.


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quarta-feira, 31 de março de 2010

(Re) Construção



É aberta, pois, uma chance de voltar ao ponto de partida, mas dessa vez com um papel de emissor e receptor. A jornada agora é dupla. Volto com um desejo  desperto de dar o que pode me ter faltado; preencher uma lacuna que vem ficando vazia; contribuir para construção de um novo carater; suprir uma carência de berço.
Mas não só nos é sugado breves conhecimentos, nos é acrescentado mais do que o esperado. É oferecido uma oportunidade de retrospectivar uma infância, os desejos, sonhos, atos de uma criança que o tempo tratou de camuflar dentro de nós. Aquela mesmo que acreditou e teve a esperança de um dia crescer e poder mudar o mundo. Aquela mesmo que era a esperança de um mundo novo, e que por vezes foi calada ao emitir um som, que foi estatuada ao tentar dar o primeiro passo.
Após esse despertar, cabe-nos permitir que renasça uma criança e que se fortifique o crescimento de outra. Estabelecendo uma conquista de amizade, levando e deixando o melhor que é oferecido. Mais do que profissionais, construindo laços emocionais não só por hoje e agora, mas eternizados em memórias. Mais que professores e alunos, seres humanos.
Inovando e reproduzindo uma nova geração que educará os nossos filhos, um resgate do que realmente importa, tendo a certeza de estar fazendo uma mudança, despertando novas experiências, de estar escrevendo uma nova história.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Joelhos vacilantes

Ai, esses meus joelhos vacilantes,
que não me deixam erguida
que não são tão fortes como antes
e que no chão me deixam caída.

Ah, essa fé que já fora tão vigorosa
que em meu coração ardia sem fim
que movia montanhas pedrejosas
e que fazia sentir o Teu amor em mim.

Onde fora todo aquele vigor
que sustentava e modificava
tudo que há ao meu redor?

Continuo crendo, mas sei...
sei que falta algo que complete,
e me faça confessar que Ele é o Rei.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um basta nessa cisma



Sou só eu, ou mais alguém acha que essa história está repetitiva demais? Espero não estar enganada. Na verdade, eu esperava estar redondamente enganada, no entanto a cada instante que passa uma nova atitude me confirma o que mais me chateia. Que tal um stop? Tantas vezes seguidas parece marcação... Desde muito tempo a mesma história, enjoa... Desde quando eu ainda me considerava criança. O pior de tudo é me acharem criança por me chatear com a infantilidade de outros nesse assunto.
Tola sou eu de comentar, de contar, de confiar por uma, duas, três, quatro, cinco, seis... preciso mesmo contar? É um pouco constrangedor, e meio que me entristece. Ou não me conhecem tanto quanto deveriam, ou simplesmente ignoram o que venho compartilhando a bastante tempo. Que atitude tomar eu ainda não sei, afinal o que venho fazendo não está funcionando, a observar pela forma crescente que vem tomando. Sempre me calo, me isolo, me retiro... não gosto de atacar, começo a achar que não sei atacar quando próximas. Deixo pra depois conversar na esperança dela finalmente me entender e não repetir. Pelo menos é isso que fica acertado após muitas indiretas diretamente jogadas pra mim inconcientemente, ou melhor, espero que não o faça ciente de que me machuca. Seria muita covardia.

Eu disse, eu pedi, eu decretei um basta nessa história toda. Estou me mudando não por completo, mas uma boa parte... confesso que meio como fugitiva! Sim, estou fugindo, estou explorando, estou me arriscando a viver a minha vida para que não interfiram mais nela... pelo menos não aqueles que deveriam me apoiar e não puxar o pano pra me assistir cair. Pode parecer drama demais, mas essas palavras expressam exatamente o que quero dizer, talvez o tom que esteja sendo lida a modifique.

Entendeu? BASTA... acabou...
Errar é humano, permanecer do erro é burrice. E no mesmo erro +/- 6x ... é um neologismo ainda não criado. Amor, perdão, consideração, ilusão, inocência... uma mistura dessas, com outras milhares de palavras.




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu passei.


"Eu quero mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai, pras minhas irmãs, pras minhas amiguinhas Julianna e Bruna, pros meus companheiros Diego, Daniele, Rodrigo, Thainá e Aline, pra galera da 105 de 2008 como Renato, Monique, Isabelle e Robert (102), BRUNO, Nadia, Darcio, Iago, Filipe, Felipe, Anderson e pra 104 de 2009 do CPV em especial Tia Marcele, Maria, Jennifer,Lohana, Teby, Diogo, Vinicius, Ricardo, pra minha prima Gabriela e primo Fernando e Demi, pros professores Bento, Leandro, Talita, Rafael, Vanessa, Rejane, Leonardo, Anderson, Ana Paula, dentre outros tantos que carrego em meu coração e que me ensinaram tanto nessa etapa, e aqueles que me moldaram pra chegar até aqui como Seu Jorge, Dona Leda, Nacaratti, Antonio Carlos, Marilza, Zélia, Tia Jose, tia Kelly, Tânia, Zélia, Cheila, pra uma turminha que me acompanhou quando nem tinha noção do que fazer como Sandro, Aline, Taiane, Jeissy, Taiane, Evelyn, Raniele, Camila, Isadora, Ohana, Bruno, Larissa, e muitos, muitos outros, pras minhas Madrinhas Eclair, Vanessa e Selma e pradrinho Arnon, pra Tia Aninha e pro tio Zé, pro meu avô Mario que amo tanto, pro pessoal da minha 1ª faculdade como Daiana Chapeuzinho, Renata, Sansão, Edmundo, Bruno, Vanilda, Bia, Sheila, Brás, Dulce, Viviane, Glauber e outros que deixaram um pouco de si em mim, pros que oraram e torceram e me zuaram: Welb, Daniel, Davidson, Ronaldo, Rafael Lodonio, Rayane, Nandinho, Bruno... Enfim... Muitas e muitas pessoas que com certeza neste momento de pensamentos multiplos não consigo escrever, mas lembro. Um grande beijo a todos que acreditaram em mim e àqueles que não acreditaram... aqui está a prova de que sou mais capaz do que eu mesma achava ser!"

Sabe qual é a minha real vontade?
Gritar para todo mundo ouvir. Gritar:
Obrigado Deus, eu consegui. Obrigado a todos que me ajudaram e não me deixaram desistir.
Dificil escolher palavras agora, enquanto na verdade eu quero agir, quero correr, quero comemorar, quero gritar, quero abraçar... Quero tudo!

Agora eu quero agradecer, não me canso de dizer: Obrigado Senhor!
Não me canso. Não tem foto que expresse a minha alegria. E de um jeito acanhado e orgulhoso, meus pais também estão contentes. Sabe a lágrima que rola em meu rosto? É de felicidade, pura felicidade. Agora nem meia vitória, eu conquistei. Tempos de muitas mudanças chegaram, e eu agradeço a Deus. É como se eu não contesse em mim essa felicidade, mas ao mesmo tempo eu tento me controlar, pois da mesma forma que eu um dia não consegui, outros naão conseguiram, e eu não gostava que ficassem comemorando perto de mim, então guardo a minha felicidade. Egoísmo? Talvez, acredito que seja mais 'consideração'. Mas enfim. Eu nem quero escrever de verdade, eu quero apenas deixar registrado o quão incontrolável é passar por esse momento, o quão bom!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quem eu escolhi ser

"Eu não quero saber do que fui, fiz ou deixei de ser e fazer, apenas passo a página, pois sei que não fui por falta de capacidade minha, por falta de mim."

O que eu sou ou deixo de ser, não consigo definir em palavras, pois sou mais. Com o passar dos anos eu fui me moldando e deixando ser moldada, escolhendo ser o que hoje se formou. Uma Tarciane de muitas variáveis, as vezes transparente, noutras sombria. Mas sempre eu. De inumeras formas memoráveis, mas de todas elas defino-me em apenas eu. Sem um porquê, sem uma razão e sem querer me restringir a uma simples definição. Sou campo aberto, deixo-me livre para escolher o que eu bem entender, mesmo que por instantes.

Não posso enumerar qualidades ou defeitos, seria como me render a eles, e assumir apenas os limites deles. Mas não, sou mais. Posso ser mais, posso ser melhor. E não para os outros, mas para mim. Se não sou ou não estou boa comigo mesma, não conseguirei ser com mais ninguém.

É inutil eu tentar me exclarecer, ou explicar o motivo ou definição do meu ser. Às vezes mudo de acordo com a pessoa. Às vezes nem sou tão deduzível assim, existe milhares de mim que ainda nem descobri, porque posso me superar, me melhorar. Por isso ainda não me defini. Mas para que não é mesmo? Eu gosto de ser eu, tenho orgulho de ser quem eu decidi ser, em que eu estou lutando pra ser. Ainda tenho muita vida, então não se surpreenda com as minhas mudanças, se hoje digo sim, amanhã pode ser não, a gente vive e aprende. Ou se surpreenda com minhas surpresas, e também quando eu não surpreender, isso será realmente surpreendente. Mas por algo mais concreto, dentro de uma só palavra, defino o que posso ser: Estranha!


"Sou muito mais do que pareço ser,
porém sou apenas mais um igual a muitos
com caracteristicas diferentes,
mas isso tornou-se normal!

Feita também de carne e osso, aparentemente,
Feita de pensamentos e ilusões,
Feita de coração e espítiro,
Feita de sentimentos e ações!

Às vezes não me reconheço
na raça que me denominam,
mas tento fazer a diferença.

Sou igual, mas o que me difere é ser
assim: o melhor que há em mim!"
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Paixão Platônica

Procuro em cada palavra algo que possa significar tudo o que eu sinto. Seria um pouco mais fácil se ao menos te tivesse aqui comigo. Quero expressar todo aquele sentimento, aquela ansiedade, a vontade de ter o poder de parar o esse tempo. Faço tudo, busco novos meios de te fazer entender tudo o que guardo no meu peito, tudo o que antes parecia estar escondido.

Tudo parece confuso, exceto quando te vejo, pois no instante em que nossos olhos se encontram parecíamos fazer parte de um encanto. A cada segundo que passa não podemos nem voltar atrás para poder reviver cada instante ao seu lado. O tempo não para, e eu gosto de a cada minuto estar ao seu lado e aproveitar enquanto não havia acabado.

Porque ao seu lado me sinto mais feliz só de poder te ver, lhe falar, espero esse tempo distante acabar. O seu sorriso, as suas palavras me fazem acreditar que ao seu lado é o meu lugar. Nem o céu é o meu limite para sonhar, contigo quero pra sempre ficar.

Mas se a distancia insiste em continuar, lágrimas dos meus olhos vão rolar, e em cada lugar, a cada instante você virá a mente como lembrança e me recuso a te esquecer. Meu sonho sempre foi amar você. Ao caminhar à luz da lua à beira do mar sentirei entre meus dedos a areia me tocar, e é em você que nesse momento vou pensar.

Esse amor que nem cheguei a viver, que só participei do principio, e logo o fim, vai ficar pra sempre marcado em mim. Porque ao te conhecer gostei de você e não posso negar: sonhei mais alto do que poderia alcançar e mais uma vez vi tudo acabar.
Mas ainda tenho esperança que a minha vez de ser amada por alguém vai chegar!


- Esse texto eu escrevi faz um tempo já, mais ou menos um ano e meio. Mas independente da pessoa inspiradora, eu gosto do texto. Hoje o leio sem ter referencia a alguém, apenas gosto.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Colecionadora de histórias

Resolvi  que a vida é minha e eu tenho que vive-la. É tão legal poder olhar pro meu passado inteiro e ver desde os meus pequenos erros aos grandes acertos. Admirar minhas grandes paixões, minhas espectativas e desilusões. Olhar os corações apaixonados que por mim bateram, e todos os outros que me encantaram. E me orgulhar de tudo.
Resolvi rir dos meus medos, dos desejos e receios. Achar graça das ameaças, frios na barriga, riscos e suspenses a cada nova aventura. E ter história pra contar, desde os primeiros passos às minhas grandes corridas, do be-a-bá ao vestibular. Do desenho animado, filme de terror, comédia e romance. Cada nova etapa, nova lição, novas oportunidades.
Resolvi não me queixar de ter me dado mais do que mereciam, e sim a acreditar que vivi intensamente quando acreditei ser possível tornar o sonho real. Que mais vale me arriscar tentando do que ficar parada observando. As vezes alguns impulsos nos levam a criar oportunidades inimagináveis. Descobri também que posso ser e ter o melhor pra mim, porque sou capaz.
Resolvi que posso me fazer mais do que sou, ir além donde estou, e conquistar mais do que qualquer um conquistou. Que posso ser igual Narciso, mas olhar para o próprio umbigo nos impede de enxergar o que realmente é preciso. Que a beleza é relativa, e está nos olhos de quem quer ver.
Resolvi ainda, registrar tudo o que eu quisesse e que as palavras dessem no alto da situação, porque nada do que é sentido será da mesma forma outra vez. Não há de se comparar pra saber qual é o pior, apenas tentar fazer de todos o melhor.
Resolvi, talvez por ultimo, mas mais importante, que viverei muito, além do que o tempo pode contar, não estão nos segundos a intensidade com a qual se vive tudo. Dispus-me a sorrir na hora de chorar, dançar na hora de dormir, cantar no silêncio, festejar na tristeza, e tudo vice-e-versa. Quando me desse na telha. Não para os outros, mas para mim mesma, pois só eu saberei de todas as minhas lembranças desde o meu mais intimo ao meu mais exposto. E vou amando. Porque eu vou vivendo a vida, eu vou colecionando histórias.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Temporal

Por falta de criatividade, ou paciencia, não escrevo o que me passa em mente, mas encontrei essa música que veio a calhar ... então tá ae, ainda que não seja muito o meu estilo!

Temporal - Pitty

Chega simples como um temporal
Parecia que ia durar
Tantas placas e tantos sinais
Já não sei por onde caminhar.


E quando olhei no espelho
Eu vi meu rosto e já não reconheci
E então vi minha história
Tão clara em cada marca que tava ali.


Se o tempo hoje vai depressa
Não tá em minhas mãos
Cada minuto me interessa
Me resolvendo ou não.


Quero uma fermata que possa fazer
Agora o tempo me obedecer
E só então eu deixo
Os medos e as armas

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Desgostoso

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Ah, e o mundo está surtando.
Olhos desconfiados nos desafiam,
sente-se o desgosto no ar,
todos os laços a despedaçar
Todos os movimentos meticulados a dedo
presava-se tanto algumas tradições,
alguns costumes que deviam ser bons.
E é tão ruim não sentir goso de viver
Não a vida em si, mas sim
necessariamente, a vida aqui.

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Tempestade de sonhos

"Céus! Como é belo o que eu vejo:
As folhas gritam, as águas pingam,
A noite vira dia e o silêncio é rompido."

() - Música invisível no momento
"Hoje eu acordei sem lembrar se vivi ou se sonhei"
Sonhei acordada, bem acordada! E mil pensamentos e palavras foram ditas. Muitas atitudes e impulsos foram tomados. Carinhos e sussurros. Fecho os olhos e não sonho. Nem lembro, recordo. O que é lembrado pode ser esquecido, o que é recordado pode ser vivido.
Observe! Vê como o céu está claro, tão azul e limpo, sem nenhuma nuvem? Assim me sinto, assim estão meus pensamentos, por enquanto. Não sonhei com nada, ou sonhei não estar sonhando com nada. Tudo o que era sonho já fora real, ou está sendo. Já não preciso enxergar o que eu quero de olhos fechados, pois agora, com eles abertos, eu sinto o que por tempo era só desejo.
Agora veja! Olhe como se aproximam rápido as nuvens, sinta como é forte o vento, ouça como as folhas gritam ao serem tocadas. Observe também meus cabelos como ficam sem rumo, desnorteados. Idênticos àquele momento eterno, onde tudo parecia descontrolado, onde a velocidade era grande, fazendo de cada segundo o melhor instante. Venha! Abra os braços, veja como é fácil o vento levar. Mas que nos leve juntos.
“Glamurosa” ... “Pocotó”
Vê como eu vejo essa ventania forte? É o limite, por hora o limite. Fomos tão nossos, que desejei parar o tempo naquele abraço.
"E quanto a mim, te quero sim, vem dizer que você não sabe"
“Eu te quero só pra mim, como as ondas são do mar”
E conforme sonhei, te toquei para certificar-me ser real. Também o fiz com o violão. Como era mesmo aquela nova bossa? Como me encantei, me perdi só com o olhar. Agradeço a promessa cumprida. Ah, um dos meus maiores sonhos reais.
Como foi? Perfeito, já afirmei, e se se achar capaz: supere! Desafio? Talvez. A vingança? Não tive nem coragem de pensar. Prato principal? Arroz. Mais chá? Não foi preciso pedir, na medida certa, foi e será sempre inesquecível, dessa e quantas vezes precisar ser. Nem preciso dizer, o silêncio foi e sempre será mais sincero. A boca já não dizia. Assim como a flor, tudo já dizia por si.
"Que culpa a gente tem de ser feliz, que culpa a gente tem, meu bem?... Feliz agora e não depois"
 “Abraçar é quente, beijar é chama”
Assim como todos esses fenômenos, foi natural. Quem seria o culpado se não há erros, qual seria a solução se não há problema? Não há níveis, há o que houve. Não há razão ou explicação para os sentimentos e atrações. Eles se completam, se temperam.
Não há furacões em mente, tudo está em nossas mãos. Há apenas uma brisa leve que refresca, e agora depende de nós. Que não deixemos o ar silenciar.
Mas como tudo parece impossível. Será que não estou a sonhar? Beliscos. Não, não me faça o mesmo, não me belisque. Porque se for sonho, eu não quero acordar.
“Te ver e não te querer é improvável é impossível. Te ter e ter que esquecer, é insuportável, é dor incrível”.

"As palavras não queriam me pertencer, ou sair de mim, mesmo sendo a escrita o silêncio da fala. Talvez porque não fosse preciso, mas eu queria registrar, talvez exagerando um pouco, mas expressando que está me dando vontade. As palavras, agora, não podem completar o que já foi por demais completo."

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O silêncio da fala

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É impressionante como buscamos sempre o que escrever, como procuramos sempre palavras que possa descrever sensações, acontecimentos, pessoas, indagações, até mesmo as próprias palavras. A escrita é o silêncio da fala. Tomei um vício de fazer isso, é algo compulsivo que me consome e que nem sempre me satisfaz. Qual a solução? Também gostaria de saber. Mas acho que a pergunta mais correta seria: Qual é o problema?, e assim perguntando, surge o problema, Mas surgiu só por não haver o problema? Então a falta de problema já seria um problema. Pronto, eis a solução: ter um problema. Parece doidera, não ? Também achei quando percebi que tinha um problema. Eu sou o problema, o meu problema.  Não analisa, não!


Essencialmente, não há, de fato. Mas necessitamos sempre indagar as coisas, buscar suplemento pro que já é completo, entender o incompreensivel, ver o invisivel, e tudo mais que se anule. Mania de insatisfação.
E falamos, questionamos, defendemos, afirmamos, negamos... e tudo que envolva a fala. E não percebemos que o que há de mais belo está no silêncio. Mas não no silêncio do surdo, isto não tem nada de belo. E sim no silêncio visivel, aquele que não são os ouvidos que vão nos dizer. É preciso escutar o silêncio como um cego.
 Há coisas muito importantes a dizer, que de tão importantes, não deveriam ser ditas, pois só é sincero aquilo que não se diz, só o silêncio é sincero. Com ele se diz mais que mil palavras em vão.
O silêncio de alguém dormindo é sincero, porque é quando nos revelamos nós mesmos. E mesmo quando roncamos, essa é a luta para conquistar o silêncio, é a luta de Deus contra os maus elementos, e Deus sempre vence. Vejam os mortos, eles não falam, porque Deus venceu. O silêncio é a linguagem de Deus.
O silêncio é sincero, repito. Sincero como a flor, que nada diz, e já se diz por si só. Não precisa de palavras, imagine uma flor falando... como ela perderia a essência. Muitas palavras ditas nos fazem destruir tudo o que construimos em nós, destruir a nós mesmo. Não há nada mais completo do que o silêncio.
Ah, e a música, a expressão completa, com suas cadências e melodias... também é sincera. Pois vejam só, a música é silêncio, é o movimento dele. O ar, não se sente, não se escuta. E o vento, se sente, se escuta. E o vento é essencialmente o ar em movimento, o que torna a música o movimento do silêncio.
As palavras estão em quem fala e em quem escuta, é necessário os dois para o silêncio, pois este fica entre os dois, no processo de um para o outro. 
O que mais se não o silêncio de tudo para ouvir melhor. Refleti muito e percebo que é preciso calar o coração, a mente e principalmente a boca, para escutar o silêncio do mundo. O silêncio do cego, e não do surdo.



(completamente baseado em encontro marcado) 
Pr: 10,19 / 12,14-23

domingo, 17 de janeiro de 2010

Marobservando


E sentia vagorosamente a onda vir e voltar
trazendo e levando sonhos e esperanças comuns
Mergulhava naquele mar, fugia da quebrantação,
perdia o pé do chão, e a cabeça já estava coberta
E retomar o ar me fazia renascer d'água.
Refugiava-me na areia, onde meus pés eram
levemente tocados pela água que vinha
beijar docemente a areia solitária.
Meus olhos perdiam o horizonte imenso
e perdiam, meus pensamentos, a razão do pensar.
Já estava tudo pronto, admirável, perfeito
Qualquer acréssimo feito por mim
quebraria o encanto inevitável do momento.
Resolvi mudar um instante de perspectiva,
de acento... passei à rocha que imóvel
estava lá desde a minha infância.
Nela aqueci do sol fresco, e refresquei-me
das gotas que respingam do brutal impacto
das ondas revoltadas no monte rochedo.
Óh! Mar misto, completo, perfeito e indecifrável
Não é possível descrever a intensidade de
sua imensidão em palavras.

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