segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pontas extremas da mesma ponte



Passou algum tempo, alguns passos diferentes, e éramos amigas confidentes. Aonde está ela agora? Tento resgatar o que o tempo e a distância insistem em prejudicar, uma amizade... a nossa amizade. Lembra dela? Aquela mesmo que  construimos dia após dia, acreditando que duraria eternamente, nada nem ninguém poderia abalar.
Hoje nos vejo como numa ponte, mas não apoiada uma a outra, nem se quer na mesma direção, estamos nos seus extremos, enclinadas a caminhos opostos e sem meios de ligação. Guardarei em mim histórias que jamais quero esquecer, marcas de uma amizade verdadeira que teima em enfraquecer, sem razão ou porque determinados. E tudo foi como tinha de ser. Mas o que será eu ainda não sei, nem sei o que esperar, me resta torcer.
O que farei dos meus segredos, expectativas conselhos e receios? Alguém pode me dizer? Novas amizades virão, mas nenhuma irá substituir a nossa, nenhuma será tão poderosa. É uma questão de cultivo, de prioridades. Que nós não estaríamos juntas sempre, e que não seríamos iguais eternamente, eu já sabia.  O que eu não sabia é que me doeria tanto pensar que aquilo que mais apreciava em nós se acabaria tão inconsciente.
Nossa amizade não tem valor, não tem razões, simplesmente era o que nós deixávamos ser. E hoje o que ela é? No que se tornou? Dizem que tudo tem seu fim, mas ao menos me diga que fim a nossa amizade tomou!

Eu te amo mais que muita coisa. Priorizo e necessito de nossa amizade!

Quem diria que nem Cuba e Brasil, nem EUA e Canadá... iriam nos separar... mas Seropédica e Niterói sim ?! Jú, eu sinto tanto a sua falta. Hoje sinto como se, apesar de te conhecer, não te conhecesse mais. Apesar de nos conhecer, não nos reconheço mais.


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