sábado, 26 de dezembro de 2009

Malevol'encia' do pensar

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Estou tentando escrever sobre algo que me inspirou, mas assim como a inspiração, sinto desbotar em mim a experiencia, a habilidade de conseguir facilmente expressar na escrita o que eu sinto. Como uma insuficiencia, uma impotencia, e qualquer 'encia' que possa dizer algo sobre essa a malevolência das palavras comigo, dessa minha incompetencia. As palavras criaram pernas, os detalhes criaram pernas, as cadencias criaram pernas, as lembranças criaram pernas, as ideias criaram pernas, e não por mera coincidencia, saíram numa disparada corrida onde ganha aquele que se afastar mais de mim, aquele que tiver percistencia, que me fizer perder a tendencia do vício de prender as coisas no papel, aquele que conseguir esquecer que eu estou tentando lembrar de como se usa os instrumentos pensantes que me dão a essencia de escrever. Mas e os pensamentos, permaneceram? Não. Esses criaram asas, e saíram voando por ai, indeterminadamente, mas não os consegui acompanhar, ou a 'encia' não permitiu, deixando uma dúvida de um dia ter a existencia dele. Busco-os não pode bela estética ou mera aparencia, mas por necessidade.


Estou buscando nostalgia a fim de me deixar melancólica para transmitir o sentimento acanhado que se espreme em meu coração, não posso declarar desistencia a mim mesmo. Talvez não esteja grande o suficiente para o expor. E com toda a 'encia', sinto-me em decadencia. Mas continuarei com a insistencia, eu hei de conseguir. Terei a Santa Paciencia!


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(Referente a despedida, a fim de ano, a desbotação da vida, desgastes, perca, saudade: palavras, talvez chaves para a próxima postagem. Aboborado fraco - Marcele)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aprendendo a viver

A sabedoria plena está bem distante de ser alcançada por mim, mas me esforço todo dia para aprender um pouco mais do que sei, nas simples atitudes, olhares, falas, tudo que possa acrescentar, que me passa fazer crescer de alguma maneira. Assim o fiz, assim o faço. Pois então, foi o que fiz, pra variar, tirando um resumo de tudo que passei durante o meu dia.
Sou ser humano, erro. Muitas vezes na mesma coisa, mas sem perceber que percorro o mesmo caminho. Mas algumas atitudes posso decidir não tomar mais.

Criar expectativas sobre as pessoas já não é necessário, sempre esperar o menos possível, deixando a pessoa surpreender quando ela achar melhor ser diante a alguma situação, permitindo ela a ser o máximo espontânea, o mais natural possível. Assim é mais agradável a estada ao seu lado.

Ser menos nostálgica, deixar de ser melancólica com as coisas que passaram e deixaram saudades ou vontades. Aproveitar mais o hoje, arriscar, construir para frente, evoluir. Lembranças são boas para serem vistas de tempo em tempos, e não quotidianamente, isso causa frustração, vício de si, tédio.

Construir oportunidades, nada aparece como num passe de mágica, mas não ficar cultivando uma mesma coisa por muito tempo e muito menos sozinha, inovar é o que está em alta para toda a vida. Algumas árvores não dão mais do que apenas pequenos frutos, contente-se.


Viva o hoje, guarde as lembranças pro tempo vago, afinal o que passou, passou. Sonhe, e ponha em prática, n'outra noite terás outro sonho, renove.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Escolha feita

Escolhas, nada mais do que isso fazemos no decorrer de nossas vidas. Umas sem saber ao certo o porquê, ou exatamente a consequência, mas as fazemos. Há algo que faço sem escolher, pensar... é involuntário. E penso sobre tudo e todos sempre, reflito. Fico ruminando coisas que talvez fossem simples demais, mas se não me ditas diretamente, incomodam. E não mudando esse meu jeito de ser, que decidi valorizar, pensei sobre determinadas situações, sobre coisas cíclicas que me aconteciam mas só agora notei serem entediantes.
Sempre cultivava uma plantação não só minha, e esperava os outros decidirem por mim enquanto aguardava como um dois de paus por algo que nunca chegava. Enquanto não era eu mesma, enquanto esquecia que há tão mais de mim que eu não valorizava, e por consequência não valorizavam. E faço novas escolhas.
Cansei, francamente, de dar prazos para tomarem atitudes revolucionárias, quando na verdade estavam cada vez mais acomodados, e eu na espera. Tenho um time bom, e não gosto de ficar na reserva, lamento. Percebi que não é trancando lembranças atrás de uma porta de passagem de ano que irei me livrar do que está em mim, mas quando quero, só quando realmente quero, eu mudo. E escolhi mudar independente da virada. O amanhã pode não existir, vivo o hoje. Escolho, além de disso, decidir por mim, tomar a minha posição... desdobre-se caso queira algo de verdade, não estou a disposição na vitrine. Onde estão os riscos nessa situação? Sinceramente, não os vi! Notei também que gosto de me sentir arejada, livre, leve e solta, então mesmo que não venha, as janelas estarão abertas, não necessariamente aguardando a sua volta... Ei, nunca veio, como voltará? Não esperarei a escolha de ninguém para determinar a minha, a minha já está tomada.
Serei, voltarei mesmo a ser quem eu sou, quer gostem ou não. E sim, essa sou eu, e já conhecem. Aceite, eu já aceitei.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fim de ano desnorteado

Ando meio enferrujada em como desabafar em palavras do meu quotidiano, ou seja, como num diário. Mas tentarei, deve ser igual a andar de bicicleta. Mais uma vez eu digo:

'Meu pobre coração não vale nada!' ()

Pois é, mas a culpa não é minha não, por incrível que pareça (ou talvez seja). Eu pensei já ter certeza de qual decisão tomar diante uma situação que eu tanto aguardava, mas antes que ela pudesse chegar, me sinto desnorteada, me desnortearam. Eu já havia conseguido controlar duas vezes esse mesmo sentimento que eu mesmo fazia questão reavivar em mim, mas dessa vez não só eu cultivei essa semente novamente lançada em meu terreno fértil. E ouvir tudo o que eu ouvi me deixou confusa, talvez tenha entendido errado como muitas vezes já fiz, ou quem sabe eu não saiba lidar direito com tal situação. Enfim...

Queria saber direito o que aconteceu, mas as vezes acho ser melhor deixar de lado e esquecer... afinal, eu que sou a intrusa na situação (ou me incluíram, mas não gosto de ser a outra). Devia ter dito mais, mas hesitei, tive medo de tornar mais complicado do que já é, ou aparenta ser pra mim. Mas não cabe a mim alguma atitude. Sabe, essa coisa de indireta comigo não funciona, eu nunca entendo da forma correta. As vezes noto muita coisa, mas me nego a aceitar, portanto se há algo que eu não tenha entendido, ou que eu não tenha deixado ser expresso, diga. Esses enigmas todos me deixaram com os pensamentos enrolados, será que interpretei certo as intenções, ou não havia intenções.. Que coisa chata!

Sei que o fim desse ano se aproxima, e eu como de costume, irei me livrar de muitas coisas. As que eu conseguir realizar daqui até o ultimo dia (ou até o dia da minha decisão), ótimo. As que não, deixarei de lado, trancarei apenas nas lembranças de mais um ano, guardarei novamente as expectativas frustradas, mais uma história pra contar. Todos sabem que faço isso, ou pelo menos quem me interessa saber, e se não tomam nenhuma atitude, é porque não querem, não desejam, ou não podem. Mas tudo tem seu tempo, se não foi agora, por decisão minha, não será mais. Pena. Peço, não me procure caso eu já tenha tomado outra decisão, isso iria deixar em choque coração e mente. As coisas parecem muito impossíveis para mim, talvez eu esteja me dedicando à coisas erradas pro momento. Mas estou decidida a me inovar na virada, guardarei algumas coisas, outras esquecerei, mas não a amizade.

Semente do sentimento


Todo sentimento por mais mínimo que seja,
e qual quer que seja sua espécie,
necessita de cuidados,
sofrendo influência das expectativas
criadas in e conscientemente,
e também das situações e
acontecimentos favoráveis para o seu cultivo.
Assim como não se joga
uma semente na terra em vão,
espera-se que cresça bem fortificado
tudo o que se planta no coração.


No entanto, tudo que cresce tem fases delicadas,
e não gosta de mal tratos,
e só o fará se for permitido por seu dono.
Você colhe bons, ou mals, frutos
se permitir a entrada de suas sementes, e as cultivar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Superando-se

Passamos a vida nos comparando e competindo com os outros, buscando ser melhor que outros, procurando n'outro uma razão para se ser, mas este é o caminho errado. É muito fácil você dizer ser mais inteligente perto de quem não teve a oportunidade de acesso à educação necessária para isso, ou ainda dizer ser mais forte do que as crianças da África que não tem o que comer. Claro que essas são comparações de grande escala, mas dá para entender. É muito fácil ser o bom perto do ruim, não que o seja, apenas poderia ser melhor. Para isso se deve comparar consigo mesmo, com o melhor que achar poder ser, isto é, buscar sempre o seu melhor, tendo consciência de que sempre haverá quem possa ser melhor ainda, ou pior, mas deixe de lado e seja quem achar melhor para si, ser. E esse melhor está no interior de quem se acha capaz de superar seus próprios limites, seus próprios medos para alcançar a realização do seu melhor. Não há nada de impossível que não se possa fazer quando se há fé de que se é capaz, buscando ser melhor do que o próprio ser. Não há pessoas tão pequenas que não consigam derrubar gigantes, basta encontrar dentro de si a razão para se superar. O único inimigo que não nos deixa crescer, somos nós mesmos.

Obediência

Creio que todo ser humano gosta de ser reconhecido por suas atitudes, é até uma maneira de manter o ego equilibrado. Deste modo busco realizações que irão orgulhar, não só a mim, mas àqueles que de alguma forma contribuíram para o que sou hoje, de maneira a deixa-los contentes por falar de mim. Não que mereçam, nem que não, mas está escrito no livro da vida para honrar o pai e a mãe, assim, por mais independente que eu seja, ou por mais distante ou desligada que eu esteja, devo respeito a eles, assim como eles devem a mim, por mais que isso não seja praticado. Devo satisfação da minha vida, ou melhor, devo minha vida a eles, no entanto, tudo há seu limite, tenho o direito de viver, e o dever de deixar viver. Se estiver enganada quanto ao meu conceito de obediência, alerte-me, mas se não, siga-o, deve fazer bem. Salvo algumas particularidades, que cabe a cada qual sabedoria para definir.

Facilidade de viver


Viver, que ação mais bela e involuntária quando se é vivo, talvez a mais fascinante. É a mais simples e fácil atitude, a mais natural, a mais mais comparada a todas as outras, tão completa. Viver é sorrir, chorar, cantar, pular, dançar, falar, brincar, e todas as outras coisas admiráveis. O inventor dessa brincadeira é genial!

E viver é muito fácil, sobreviver é difícil. Complicado que só, neste mundo que apesar de maravilhoso, possui pessoas que não se dão conta que viver é a melhor saída. Sobreviver não é uma escolha, é consequência da influencia da maior parte da humanidade que esquece a graça que a vida é.