domingo, 19 de maio de 2013

Uma vida da qual se orgulhe


Para as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou no meu caso, muito cedo, para sermos quem queremos. Não há um limite de tempo, comece quando quiser. Você pode mudar ou não. Não há regras. Podemos fazer o melhor
ou o pior. Espero que você faça o melhor. Espero que veja as coisas que a assustam. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com diferentes opiniões. Espero que viva uma vida da qual se orgulhe. Se você achar que não tem, espero que tenha a força para começar novamente.
O curioso caso de Benjamin Button

domingo, 30 de dezembro de 2012

Amor livre

As vezes a gente ama. E sabe que tá amando. Eu estou, eu sei.

Mas não acho que mereço esse amor. Ele é bom demais, e não bate muito bem com os meus anseios. As minhas inquietudes acabam por me fazer sentir com as mãos atadas, e percebo que na maioria das vezes que digo algo um sofrimento é causado, ainda que guardado, ainda que calado. Em ambas as partes. E isso não faz bem, a ninguém.
Penso se é digno permanecer segurando essa estrutura, onde os dois por vezes choram. Seria bom? Está bom? Eu não sei dizer, nem por mim.
Ansiei por muitas vezes ter isso que tenho hoje, mas porque ainda não estou satisfeita? Fui me criando, e hoje acho que criei algo incompatível demais. Eu sei e reconheço que a culpa é minha, que eu sou o elo fraco. Por vezes optei por seguir sozinha, mas estou numa situação que isso não é mais opção.
Não sei julgar o que é o melhor, não sei o que fazer. Prefiro pegar todas as dores pra mim do que ver alguém sofrer.

Eu amo, e nunca ponha isso em dúvida. E talvez por amar é que prefira não prender nessa situação estreita. Sei que deve haver alguma forma de equilibrar, de voltar a sorrir, sorrir agora junto... e por acreditar nisso e no amor é que continuo. Nem tão firme, nem tão forte. Mas tentando.

Eu, minha fonte, meu laboratório

Eu queria entender o porquê de eu não poder me escolher como tema da minha pesquisa. Por quê de eu não poder me estudar, ainda tenho muito que aprender sobre mim, então me explica o porquê de eu não ser o foco. Acho tantas outras coisas tão entediantes. Pelo menos pra mim seria muito interessante desenvolver perguntas, buscar respostas sobre mim. Desvendaria segredos, curiosidades. Certo que não seria de interesse das pessoas, quem sabe de um ou outro bem intimo. Mas se podem pesquisar sobre algum fulano de tal, por que não sobre mim? Eu seria especialista nisso, e seria tudo de uma fonte confiável, quem poderia me contrariar? Quem melhor do que eu para me estudar?
Posso buscar a fundo interpretações sobre minhas ações, omissões, textos, discursos, medos e muitas outras coisas. Me observaria sempre, arriscaria novos palpites e teorias e poderia as por em prática. Eu sou minha zona de conforto. Gosto de mim, por mais que eu me entristeça às vezes, sou apaixonada por mim, e por minha história.
Sou narcisista, umbiguista, individualista... ou qualquer outro adjetivo que for encontrado que se enquadre nesse contexto. Eu assumo. Mas seria uma espécie de laboratório ambulante. A verdade é que não sei a que tipo de conclusão chegaria, não sei até aonde as coisas me surpreenderiam. Não sei o quanto de mim é bom ou ruim, e nem o quanto eu quero descobrir! Eu mudo muito sempre. Meus pensamentos, minhas vontades. A que notei permanecer é o anseio pela liberdade. Não sei bem o que ela é, mas ainda a busco. Liberdade para viver. Viver enquanto vivo.

Escondendo-me de mim

Chega o final de um ano. Não sei dizer a que velocidade esse passou. Sei que por aqui não escrevi, mas vontade não me faltou. Muitas coisas me aconteceram, em proporções enormes eu diria. Recorri ao bom e velho diário de papel pra desabafar e tentar manter um certo equilíbrio.
Receio dizer que não sou mais a mesma. Ainda que quisesse não conseguiria me manter imutável por muito tempo, o próprio tempo trata de nos modificar. E eu sempre gostei de ficar me moldando, me mudando. Admiro metamorfoses. No entanto, mediante tais acontecimentos, perdi as rédias das minhas mudanças. Parece que não sou mais minha. Parece que me mudaram, pior, sem eu querer. Não há problemas em mudanças, eu não vejo. Não temo inovações. Mas havia muito em mim que queria preservar e que vi se perder sem ter aonde me segurar.
Acho mesmo que vim aqui escrever como uma fuga pra tentar me resgatar. Não sei bem aonde estou, nem quem sou. Gosto de algumas coisas que mudaram, alguns sentimentos que se criaram. Mas preciso de um resgate de mim. Sim, outro. Novamente aqui o meu refúgio pra tentar me reequilibrar. Preciso de mim, gosto de mim, eu me fiz assim. Aqui apesar de público ainda é secreto.
Temo enlouquecer se não me encontrar. Fico com saudades de mim, numa melancolia só. E isso não faz bem. Tento controlar os pensamentos, mas quando vejo já pensei. Não posso negar a mim mesmo. E já disse, quando não estou bem comigo acabo não sendo boa com nada.
Sei que agora os meus sonhos não serão os mesmos, sei que minhas prioridades mudaram, sei que muita coisa não é mais como seria antes. Mas de fato não vejo problema em manter algumas coisas... acho que posso conciliar, e mais adaptar. Não vejo mal algum. Acho que alguns problemas vem com incompatibilidade de princípios, valores e etc. Tudo foi cedo demais, eu confesso. Uma avalanche. Acaba que não me conheceram direito, não o todo. Então não sabem como realmente eu sou, e por isso não veem problema de me mudar. Só que perdi minha estabilidade, meu equilíbrio, minha identidade, minha independência. E parece que não entendem o quanto me faz falta, e o quanto me faz mal.
De repente me vi restrita, resumida. Sem opções. A única que tenho é boa, mas não me basta, não pode me bastar. Não estou acostumada com isso, e francamente não quero me acostumar.
Pode classificar como dramática, melancólica, louca ou o que for. Seja qual for a palavra usada pra nomear, é isso que sou. Sou assim! Era antes, sou ainda, e não quero deixar de ser, não dessa forma. Eu preciso da minha vida! Ser do jeito que está sendo está me corroendo por dentro, mata meus pensamentos. E me sinto oca. Apenas pele e vento. Uma estrutura ambulante só pra ocupar espaço, pra somar cabeça.
São lágrimas isso que desce dos meus olhos. De choro. De tristeza. E se é com tanto pesar que penso em tudo isso é porque de alguma forma tudo isso pra mim ainda vale a pena. Poderia jogar pro ar. Poderia abandonar o que fui, mas de alguma forma ainda importa pra mim ser como sou. Poderia abandonar o que me tornei e as pessoas que conquistei, mas de alguma forma o cativo é mais forte em mim, acho que é porque gosto, porque sinto, porque amo. Há de se ponderar. Há uma forma de unificar. Não misturar necessariamente se não quiser. Mas juntar.
Puxa vida, vou me consumindo por dentro. Preciso mesmo desabafar. Mas parece que sempre que digo não dão importância pra falta que sinto.
A escrita na minha vida teve fases. Quando comecei de vez era por vazio. Parei. Voltei por sobrecarga de pensamentos. Parei... uma pausa cheia de vai-e-vens. Agora tento, arduamente, voltar por desespero. Por querer me encontrar. Parece que só com as palavras num 'papel' posso ser eu mesma. Nunca antes isso havia me entristecido. Pelo contrário, por vezes foi um conforto. Mas agora me parece que quem mais eu confio, a quem mais eu me entreguei, não me deixar ser parte. E pela primeira vez ao escrever me surge um sentimento de fugitiva, de estar fazendo algo escondida. É que com palavras ditas não estão me bastando, não estão me entendendo, estou me perdendo. Recorro às escritas para poder de alguma forma não me deixar sumir.
São tantas coisas que quero escrever, tantas coisas pra tentar entender em mim, tantas angustias, tanto tempo sem prender sentimentos em algo, que percebo agora que este texto está confuso. Mas é mais ou menos assim que estou. Acho que agora que cuspi aqui o excesso, posso passar a me organizar, e não me deixar mais virar esta bagunça, pelo menos não pra mim. Preciso de algo ou algum lugar pra me esvaziar de vez em quando, senão estouro. A gente acaba deixando acumular coisas dentro de nós, que de repente vem alguma coisa nada a vez e espeta o balão. Estouramos, e espalhamos por ai o que não deveríamos, o que seria melhor guardar pra si, mas não em si. Eis o meu baú. Minha caixa de segredos. Minhas lembranças que revejo quando posso ou quero ou preciso.
Vou guardar aqui. Registrado. Prendi nas grades das palavras pensamentos que por hora é melhor não expor. Deixo preso. Um dia, aos poucos solto. Não sei até onde isso é bom ou ruim. Na verdade acho que estou me escondendo de mim.

Por isso o meu silêncio. Tenho sentido como se roubassem minha voz. E não é de hoje.



domingo, 22 de janeiro de 2012

O Pequeno Grande Príncipe

Cena do Filme
Em meio ao triste deserto do meu coração, tendo diante dos meus olhos, areais escaldantes de solidão, só, me deparo de repente com a visão de um garotinho de cabelos dourados que pede insistentemente para que eu lhe desenhe um carneiro, estranho prontamente o pedido, estou envolto com meus problemas, problemas estes que todo adulto tem e me vêm um ser aparentemente pequeno e frágil me fazer um pedido que para ele é muito importante.
Sem entender porque, começo a navegar nas entrelinhas do pequeno príncipe que me cativa a cada leitura, ah! meu pequeno anjo, onde estais agora? Porque será que todas as noites quando contemplo as estrelas, eu te vejo sorrindo e então começo a sorrir? Porque será que até agora tento descobrir o segredo de teres enxergado em meio ao deserto um carneiro através de uma caixa? Não sei, só sei que desde que te conheci procuro o verdadeiro sentido da vida, procuro nos homens o sorriso de uma criança, procuro nas pessoas grandes ouvir o som das suas vozes, se colecionam amigos e a vida vai passando... Deparo-me ao longo do caminho com adultos cada um diferente do outro, cada um com seus próprios problemas, como o bêbado, que só enxergava a sua própria desgraça, como o vaidoso, preocupado em ser admirado pelos outros, como o empresário preocupado com suas contas, sem olhar a beleza ao seu redor, sozinho dentro do seu próprio mundo, como o rei que julgava possuir as estrelas do céu, sem entender que possuí-las não lhe era útil, bastava contemplá-las, assim são as pessoas, mas contrariando a tudo, também me deparo com seres maravilhosos, como a raposa, que queria ser cativada, mas para isso era preciso um dia após o outro de convivência diária, de ritos, a raposa, que ensinou que as pessoas que amamos nos são únicas e é preciso procurar detalhes particulares de cada uma para que possamos nos lembrar delas quando se forem de nossas vidas e assim como a raposa passou a amar o barulho do vento no trigo, simplesmente porque a sua cor lembrava a cor dourada dos teus cabelos, que também nós, passemos a lembrar das pessoas que amamos por simples detalhes, mesmo que não estejam mais conosco.
Ás vezes contemplo o pôr-do-sol, não tenho tantas oportunidades assim, mas quando o faço, fico com aquela sensação nostálgica e navego novamente nas entrelinhas do pequeno príncipe para sair daquele deserto triste que se encontra meu coração, caminhando vou em meio a esse deserto a procura de um poço, onde existe uma fonte para matar-me a sede, e então encontrar dentro do meu coração uma rosa, coroada de espinhos, mas cheia de saudades. E, finalmente à noite, antes de dormir, eu olho o céu e fico sorrindo, porque todas as estrelas me sorriem e eu tenho a certeza que, em uma delas estarás habitando.
E assim é a vida, às vezes ela nos parece um deserto escaldante e quando olhamos em volta, nada, solidão, mas quando iniciamos a caminhada em busca de um poço, deparamo-nos com uma fonte de prazer que nos mata a sede e ficamos felizes pelo esforço da caminhada, em cada deserto há uma fonte, em cada casa velha há um tesouro escondido e ao longo da caminhada aparecem as rosas que nos cativam porque são únicas, aparecem às raposas que nos ensinam o valor de cativar e se deixar cativar, e aparecem também os espinhos, mas temos que saber suportá-los e um dia em meio a esse deserto, aparece um garoto de cabelos dourados que ri e nos ensina os verdadeiros valores, fazendo-nos acreditar que as relações afetivas são o único vínculo entre os seres.



"Os homens cultivam cinco mil rosas em um só jardim e não encontram o que procuram e, no entanto, o que procuram poderia ser encontrado em uma única rosa, mas os olhos são cegos, é preciso enxergar com o coração".

"A gente só conhece bem as coisas que cativou...tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".




Texto: Angélica Silva

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Senhorita Yong

Ultimamente eu tenho estado numa posição passiva. Tenho aceitado que me acrescentem mais um bocado de palavras que podem ou não me fazer sentido. E não vejo mal algum em você receber dos outros coisas que te esclareçam. Hoje decidi pegar pedaços da Fernanda Yong para expressar sentimentos aleatórios. Os trechos não tem ligação um com outro exatamente. Só o que os liga sou eu, dentro de mim tudo tá embolado, junto, misturado. Mas estou com dor de cabeça e não interpretarei por hora. Tenho jogado tudo aqui para eu não esquecer depois, tenho mais habito de me ler do que ler outros. Sim, sou egocêntrica. Algumas outras coisas que postarei não fazem muito sentido a mim, ou pelo menos acho, mas achei bacana e postei.


"O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente."

"Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes..."

"Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho."

"Eu devo reconhecer que ninguém me conhece. Não realmente. Os que mais sabem não sabem da metade. Não deixo todos os segredos escaparem de mim, não mesmo. Uma delicadeza com os outros, eu diria, pois não quero assustar as pessoas com meu passado. Em especial aquelas que continuaram gostando de mim após o pouco que souberam. Mesmo porque aquela, que fez aquilo, nao está mais aqui. Eu sou literalmente outra."


"Para quem me odeia

Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro.É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado.Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando.Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor.E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.Com amor, da sua eterna."


"… E, mesmo assim, estarei sempre pronta para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida."

"Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva, e as mágoas que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las."

"Seja alguém simples. Seja algo que você ama e entende. Esqueça o resto, tudo que você precisa está na sua alma e em seu coração."

"Ora, tristeza, tente ao menos ser mais leve. Quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas estampadas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui. Por favor, não tente entrar em contato comigo com as velhas razões de sempre. Não é a fria lógica dos seus argumentos que irá guiar meu coração daqui por diante. Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim. Cansei da sua falta de senso de humor, do seu excesso de zelo. Vá resolver suas carências em outro endereço."

"Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes."

"Oi, tudo bom? Infelizmente, esta asrta não é de quem você esperava. Mas, como eu sei direitinho como você se sente, talvez traga boas notícias.Olha, desculpa minha sinceridade, mas a vida é muito curta para ficar aguardando pelos outros. Se quem vodê aguarda realmente se imprtasse com você, já teria dado algum sinal de vida. Parta para outra.Já reparaou numa certa pesoa que você conhece e tem uma quedinha por você?Não posso dizer quem é, mas pode ser alguém que trabalha do seu lado ou que mora perto da sua casa ou que frequenta um mesmo lugar. Sei que se trata de uma pessoa bem legal, vale a pena procurar saber quem é. Fique de olho, tem um monte de gente peparando em suas qualidades. Aposto que, se você olhar em volta, neste instante, tem alguém olhando disfarcadamente para você. Pode não ser o seu tipo, mas já é uma dose de auto-estima, substância da qual você carece.A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor.Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.E, mesmo que você tenha certeza absoluta de que não se trata de desprezo, que deve ter acontecido alguma coisa, que esse sumiço tema alguma explicação, não adianta nada você ficar aí esperando. Corroer-se de aniedade não vai apressar a resolução do problema, sdeja ele qual for.l Então, desencana.Dá uma esquecida dese assunto, tanta focar as energias naquilo que depende da sua vontade. Caso seja necessário, para tirar de vez essa história da cabeça, mande você uma carta esculambando e colocando um ponto final na questão.O fato é que não dá para você continuar assim, desse jeito. Está todo mundo comentando. Ninguém tem coragem de dizer isso para você, mas todos concordam comigo. Já chega. Além, do mais, se for para ser, será. Um dia, quando você menos espera, pinta um reencontro, sei lá. Mas até esse possível reencontro fica maisl difícil se você não se abrir de novo para o lado inesperado da vida.E, c[a entre nós, se a pessoa que você aguarda é quem e4u estou pensando, tamém não é nenhuma belezura assim. Você arruma coisa melhor.Mande notícias, ficarei aguaradando."

"É preciso ter tristeza. Tristeza não é ruim. Quase todo mundo só quer escutar musiquinhas alegres, ir dançar em lugares barulhentos, ficar falando o tempo inteiro. Porque eles tem medo da tristeza. Mas não é a tristeza que mata."

""Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é. "

"Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ."

""Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte."

"Pior do que se sentir perdida é perder-se em si mesmo. No emaranhado do que você acredita misturado ao que você é ou era. O que você acredita, apostando corrida com o que você mais detesta. O que você tem, jogando palitinhos com o que você quer. Seu amor e suas dores na linha de chegada e o coração de juiz em dia de clássico. 
Eu não sei se você entende o raciocínio de quem não tem raciocinado ultimamente ou se entende o porquê de certas coisas que não se explicam. Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Mas quando a cabeça pensa demais será que nossa alma enriquece? Você cheio de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido. (pelo menos para você ou pelo menos naquele momento). Suas certezas mudam, suas prioridades deixam de ser prioridades já que você nem sabe mais o que deseja. Até sabe, mas está tão longe e você tão cansado que o mais fácil é deixar que as prioridades te encontrem e você pode fugir do que não interessa. Seus princípios enfraquecidos te cobram uma atitude e você cobra a coragem. Seus olhos pesam e seu coração já bate fraco. De tanto que bateu a vida inteira. De tanto chorar amor e fracassos. De tanto chorar pelo leite derramado você decide que se entender é complicado demais. O quente queima e o frio é gelado demais, vai o morno mesmo que não causa sensação alguma e no momento você não tem sequer condições de sentir algo. Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios. Você enfim, opta por decidir somente pelo necessário. Pelo que realmente vai fazer alguma diferença em sua vida e desiste de tentar equilibrar-se, isso é para artista circense e você nem gosta tanto de circo. Melhor deixar assim. Uma porta de saída e uma de entrada. O que vale fica e o que não vale que valesse. Nada de culpa ou de noites mal dormidas, nada de coração na boca em de frio na barriga. Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva . Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala."

"Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

"Eu quero alguém que tenha coragem. E saiba amar coisas simples e mulheres loucas. Quero alguém que acredite em realidade. Que esteja farto de sonhos perfeitos e Romeu e Julieta. Quero alguém que entenda o que é TPM. Que me faça rir. E que minta pouco. Quero alguém que goste de ler. Que me dê presentes fora de época. E que goste de rap. 
Quero um amor que me compre biscoitos divertidos, cremes da Lancome e duas alianças. Que tenha uma casa. Com guarda-roupa. TV grande. Banheira de pé. Jardim com laguinho. Gato. Cachorro. E uma cama de casal. ENORME. (se for cheiroso e beijar gostoso, esqueça tudo) ps: e se for você, eu me contento com um banho de mangueira (no lugar da banheira) e creme de aveia Davene."

"Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também."

"Nenhum amor é eterno certo? Isso significa que se Shakespeare, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade não fizeram poemas com juras aternas, nem amores eternos, quem criou essa coisa de pra sempre foi a gente e é por isso que sempre damos com a cara na parede né?! Nenhum amor é eterno, mais você tem que aproveitar todos como se fossem, porque cada amor é único, cada amor é um, tem que ser vivido da forma mais intensa possível, todos os dias tem que ser guardados na memória, e as lembranças ruins devem ser apagadas, e se deve aprender com os erros. Quando esse amor acabar, chore, mostre que realmente valeu a pena tudo o que vocês passaram. Depois que as lágrimas secarem siga a sua vida, um sorriso no rosto, e abra seu coração para um novo amor. Para viver tudo novamente. Para aprender com os novos erros, aprender com o outro novamente, para fazer loucuras, para rir, chorar, se emocionar, e enfim amar. É disso que a vida é feita. Quando dizem que o importante é ser feliz e ter saúde e que o resto não importa, eu te pergunto: Tem como ser feliz se não estiver apaixonado?"


Há trechos de F. Mello, Azevedo e Gaseta.
Quem sabe um dia eu interprete algum desses.
Por agora, dormirei.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Clarice disse...

... e eu me identifiquei totalmente. Deveria ler mais, sabe... escrevi tanto desde muito tempo tentando expressar coisas que outros já haviam descrever perfeitamente. Vejam bem o que Clarice Lispector disse sem nem mesmo me conhecer, ela me descreveu:

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"




Se eu quiser, puder.. depois eu volto aki!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pedaços de Vinícius

Às vezes me falta criatividade, tempo, disposição, capacidade para pensar em algo e escrever. Nessas horas agradeço por poder contar com grandes escritores que, incrivelmente, mesmo sem me conhecer, conseguem por no papel pensamentos que muitas vezes não consigo organizar e exteriorizar, palavras que posicionadas de maneira correta conseguem expressar o que sinto, ou me explicar o que sinto. Então resolvi que por aqui também posso deixar registrado trechos de poemas, textos, falas... entre quais quer outras coisas que eu quiser. É que tenho problema de memória e depois acabo nem lembrando o que e de quem são. 

Nesse caso estive lendo Vinícius de Moraes. Não sobre um determinado assunto, mas aleatoriamente. E algumas coisas tem me feito sentido, e outras só achei mega cute. Posto então.

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !"
 Ainda que eu morra que lembrem de mim bem, mas nem tanto. Que seja natural. Hoje, pelo menos hoje, eu tenho a certeza que se eu morresse amanhã teriam amigos que foram pedacinhos do céu me velando. E não fico contente por eles estarem entristecidos, me sinto contente por ainda estar viva e poder desfrutar deles. Eu os amo, ainda que eu não saiba expressar o tempo todo... ainda que eu tenha esquecido como demonstrar. E para isso também achei algo que Vinicinhos aprisionou num papel:

"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados... Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos... Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre..."
Eu tenho amigos, e você? Sei, eu deixo falhas, muitas falhas. Porque eu decidi por mim viver, e fui seguindo caminhos estranhos, caminhos escolhidos por mim. Quis dar voltas gigantes, criar minhas próprias experiências, andar com minhas pernas, errar, cair e me erguer. Não fiz tudo isso sozinha, é claro. Cada aventura tenho uma companhia, às vezes a mesma, e isso é bom. Noutras não tem como ser, e assim sê diferente o que é muito interessante também, afinal algo novo é bom. Eu fui viver intensamente, cada um seguiu um lado, e fui pelo meu. E fiz muita coisa, e na maioria delas me apaixonei Sr. Moraes me confortou quando pensei que estava agindo de maneira cruel e errada:


Como dizia o poeta 
                                                 Quem já passou por essa vida e não viveu 
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu 
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu 
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não 
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão 
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir 
Eu francamente já não quero nem saber 
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão 
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, 

Eu andei me permitindo, e não achei isso ruim. Aprendi bastante. Eu pensei estar amando muitas vezes, mas amor de verdade nunca me aconteceu. Andei então ficando mais recatada, mais na minha. Agora estou morando sozinha, estou aprendendo a me amar. E isso é bom. No entanto, estou me tornando anti social, ao ponto de não querer ver ninguém, não me agradar a companhia de ninguém, de não falar nem sorrir pra ninguém. A verdade é que ando amargurada por não ser amada por alguém. O corpo, a alma, o espírito, a mente pedem por carinho, por companhia. Suplicam por uma nova emoção, por uma paixão. E eu aqui, trancada sem sentir o menos tesão de ir ver o sol. Justo eu que o adoro de montão. Vinícius de Moraes hoje me deu uma dica, simples mas importante:
"Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém..."
E com isso refleti bem sobre mim. Não andei me amando muito, e agora que estou me redescobrindo, se é que um dia eu me descobri de verdade, não posso ficar igual a Narciso. Mas sabe, dói pensar que me doerá novamente. Fico imaginando possibilidades que me levaram a entrar nessa melancolia toda. Entrar ao ponto de não querer sair. Eu não era assim. Então ele, mesmo sem saber que eu um dia existiria, e muito menos que passaria por isso, escreveu:
"Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo."
Posso ainda não ter total certeza disso, mas estou começando a andar de novo. Sinto que estou fazendo isso, e fico contente. E estou voltando, não a estaca zero, não estou regredindo, só estou revalorizando algumas coisas que acho importante carregar comigo. Aprendi que:
"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações."
E então percebi que tudo estava aqui o tempo todo. Pode ser que tenha sido necessário meu isolamento para que tornasse a encontrar meu equilíbrio, não sei se estou renovada, pronta pra sair por ai de novo, mas...
"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."

E mesmo percebendo isso, encontrei:
"É claro que a vida é boa 
E a alegria, a única indizível emoção  É claro que te acho linda Em ti bendigo o amor das coisas simples É claro que te amo E tenho tudo para ser feliz Mas acontece que eu sou triste..."
Por isso acho que entendo que é necessário um certo recolhimento para poder se equilibrar, para poder entender que por mais que algumas coisas sejam importantes, outras não são. Que tenho o direito de me sentir só, de me sentir triste, de chorar e então depois me animar. O que não posso é me render a uma depressão louca que surge do nada e me envolve como se tivesse esse direito. E já pude reparar um resgate de mim ao dizer em meio a uma conversa, me disseram, e eu disse:

- "Demaaais...no entanto eu engulo o mundo antes dele me engolir"

- "Em que mundo vc vive? Ataca antes de qualquer ataque, por isso atacam contra vc.. acham que vc irá atacar... e por isso o mundo vive em pé de guerra, todo mundo ataca pra se defender, se defender de um ataque que ainda não existiu. Estamos em que época msmo? Evoluimos tanto para continuar como homens da caverna... olho por olho, dente por dente. E viveremos sempre nesse ciclo... é vicioso. Quando, enfim, entendermos que é possível sim uma harmonia, que há uma semelhança entre nós, e esquecermos esse ar de superioridade que algumas pessoas acham que tem... então enfim... perderemos esse vicio de caçar o que não é caça."

E por hoje, encerro. Porque já sei o que devo fazer "continuar respirando"¹.

¹- Essa ultima citação foi tirada do filme Naufrago, e que já havia postado sobre neste blog.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Faça o que quiser

Traga um sorriso no seu rosto ainda que a sua verdadeira vontade seja cair em prantos sem um real motivo.
Mas se quiser, chore. Esperneie. Ainda que não saiba o porquê, ainda que não exista um porquê.
Seja o que for fazer, faça por completo, não deixe pra lá quando já tiver começado.
Pode fazer coisas sem sentido se quiser, tipo correr no meio da rua do nada, deixar alguém falando sozinho.
Pode ser também cantar e dar gargalhadas sem que os outros entendam, e nem precisa se explicar.
Tome banho de chuva, deite ao sol, nade nu. Se te der vontade, que mal tem?  É até bom.
O mais importante é saber como fazer. As coisas, por mais sem sentido que possam parecer,
tem um significado, tem uma essência. Sinta. 
Se fizeres de qualquer maneira acabará não podendo fazer mais coisas que lhe dê na telha. Pena.
O mais importante é viver. Não há um manual. Faça. Ainda que o que te der vontade seja dormir.
Durma, sonhe. Ou não.
Você tem a opção de fazer o que quiser, ainda que seja não querer fazer.

Eu poderia disfarçar minhas emoções, sentimentos. Mas hoje em dia não estou muito a fim, se não me agrada me afasto mesmo. Houve um tempo em que eu sorria, em que o bem estar dos que estavam a minha volta mais me importava do que o meu bem estar. Hoje não estou muito bem. E sim, quero nem ligar para os problemas dos outros. Estava me afetando demais mesmo que eu não tivesse nada a ver com isso. Resolvi me importar comigo, por enquanto apenas comigo. É necessário ter uma estrutura para voltar a se importar com os outros. Estou me recolhendo ao máximo. Até temo por isso, isolação... vai contra o que eu achava ser. Recolho-me porque preciso encontrar meu ponto de equilíbrio, e verificar o que eu realmente quero, o que eu sou. Acho que estive muito preocupada com o que lembrariam de mim, o que achariam de mim, que me perdi entre o que sou, e o que esperava que os outros achassem que eu era. Não que eu não tenha sido eu, pelo contrário. Apenas percebi que não preciso manter a pose sempre, posso sim cair do salto. Eu posso chorar ainda que o meu comum sejam gargalhadas. E daí? O que os outros tem com isso? Só não estou com vontade de sorrir. Veja bem, não estou dizendo que pouco ligo para os outros. Apenas ligo mais pra mim. É preciso ter muito amor próprio para poder amar os outros. Já me amava, mas preciso me amar mais. E estou me amando. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tudo que há aqui

Há muito tempo eu não escrevo. De fato. O que não significa que não tenho vivido. Pois tenho. Ainda que nem eu me recorde direito do que vivi. Problema de memória. Eu supero.

Sorriso - tranquilidade interior - sentimentos mansos
Mas o que quero agora é espantar essas moscas daqui. E pude perceber o que esse blog foi e 'é' para mim. Uma espécie de diário, talvez. O que importa é que aqui tem muita coisa camuflada, segredos escondidos que eu mesma não consigo desvendar, acredita? E há algo que prevalece aqui, que mesmo quando eu paro de escrever, que mesmo quando eu não me leio... prevalece. Estão brincando de esconde-esconde atrás das palavras. Tem muito sentimento aqui. Tem conquistas, sonhos, tem paixões. Paixões. Me dei conta que há muita paixão. Que sempre recorri a essa pagina na internet para expressar algo. Creio que no fundo eu tenha muita vontade que desvendem isso tudo. N'outras vezes reparo que isso é algo que escrevi para mim, sem obrigação, e desejo de que outra pessoa me descubra. Recorro à Estranheza quando quero me encontrar, e acredite: eu vivo me perdendo. Cismo de entrar em caminhos errados, e qual é o problema nisso? Não há. Prefiro errar caminhos, do que acertar de primeira. Pode até ser mais cansativo, mas é mais gostoso. Conheço caminhos que outras pessoas que acertaram não conhecem. Mas isso não é competição. É apenas a opção que cada um faz. Não, eu não escolhi errar. Apenas não assumi nada com ninguém. Meu compromisso é comigo. 

Ei, retomemos a minha ideia inicial ao começar essa nova postagem. Reparei que aqui está uma das minhas maiores paixões. Reparei que ainda que relatasse outras paixões, conquistas, tristezas, etc... sempre voltava a ela. Incrível, como depois de tanto tempo, voltei e postei sobre ela. Não acho que seja mais a minha paixão, desculpa. Mas ainda é, e acho que por um bom tempo continuará sendo, minha grande inspiração. E que venha novas experiências, que venha novas coisas para eu viver, pois nada substituirá. Pelo contrário, devem respeito a minha inspiração, a minha vontade de voltar no tempo ao ler tudo isso e querer escrever algo novo que me foi despertado e que na época eu não soube expressar. Que na época eu não tive maturidade para entender, para sentir. Confesso muitas vezes me enganar, me fazer de cega, noutras eu realmente fui lerda. 

Então me sinto livre de fato para voltar aqui quando eu bem entender e re-interpretar toda essa história, e isso pode me render mais uma postagem, uma melancolia, um desespero, uma alegria, um email ou algo mais concreto: um abraço. Ou algo maior: minha história. Sim, é sua também. Mas tiro de você seus direitos, eu decidi nos utilizar primeiro. Se quiser pode contribuir, mas não me proibir. Tarde demais.

É isso aí... esse é o meu recanto, meu refugio. Ainda que eu não fuja para cá sempre.

Até.