quinta-feira, 20 de maio de 2010

Às moscas

Quanta mosca por aqui. O porquê de não estar escrevendo nem eu mesma sei. Talvez falta de tempo, interesse, paciência e criatividade. A soma dessas coisas resultam nisso. Tenho rascunhado algumas coisas em papeis avulsos, tenho pensamentos que preferi perder dentro de mim, tenho sentimentos que tenho ignorado, tenho me esquecido um pouco para enfim poder ser o que nem eu tenho reconhecido. Recorda-se das mudanças que mencionei que haveria? Pois são elas. Ou não. Sinto como se tivesse dado um grande passo, me lançado do penhasco de asa-delta sem nem ao menos saber como e onde pousar. Ainda não sei voar. Saltei de um avião, e nem me lembro de ter posto o para-quedas. Estou indo por instinto numa direção que jamais ousei. Uma hora ousaria. Guio-me apenas por sons ainda distorcidos, irreconhecíveis. Temo. Sim, temo. Mas ainda não sei o que. Mas sigo, parada eu não fico! Temo mais a imobilidade, a comodidade. Sou inquieta.
Por hoje, não tenho o que escrever... e a preguiça me impede cruelmente de transcrever meus últimos rascunhos.

Vou-me, um dia eu volto. Mas não me aguarde. Siga-me.