terça-feira, 9 de agosto de 2011

Faça o que quiser

Traga um sorriso no seu rosto ainda que a sua verdadeira vontade seja cair em prantos sem um real motivo.
Mas se quiser, chore. Esperneie. Ainda que não saiba o porquê, ainda que não exista um porquê.
Seja o que for fazer, faça por completo, não deixe pra lá quando já tiver começado.
Pode fazer coisas sem sentido se quiser, tipo correr no meio da rua do nada, deixar alguém falando sozinho.
Pode ser também cantar e dar gargalhadas sem que os outros entendam, e nem precisa se explicar.
Tome banho de chuva, deite ao sol, nade nu. Se te der vontade, que mal tem?  É até bom.
O mais importante é saber como fazer. As coisas, por mais sem sentido que possam parecer,
tem um significado, tem uma essência. Sinta. 
Se fizeres de qualquer maneira acabará não podendo fazer mais coisas que lhe dê na telha. Pena.
O mais importante é viver. Não há um manual. Faça. Ainda que o que te der vontade seja dormir.
Durma, sonhe. Ou não.
Você tem a opção de fazer o que quiser, ainda que seja não querer fazer.

Eu poderia disfarçar minhas emoções, sentimentos. Mas hoje em dia não estou muito a fim, se não me agrada me afasto mesmo. Houve um tempo em que eu sorria, em que o bem estar dos que estavam a minha volta mais me importava do que o meu bem estar. Hoje não estou muito bem. E sim, quero nem ligar para os problemas dos outros. Estava me afetando demais mesmo que eu não tivesse nada a ver com isso. Resolvi me importar comigo, por enquanto apenas comigo. É necessário ter uma estrutura para voltar a se importar com os outros. Estou me recolhendo ao máximo. Até temo por isso, isolação... vai contra o que eu achava ser. Recolho-me porque preciso encontrar meu ponto de equilíbrio, e verificar o que eu realmente quero, o que eu sou. Acho que estive muito preocupada com o que lembrariam de mim, o que achariam de mim, que me perdi entre o que sou, e o que esperava que os outros achassem que eu era. Não que eu não tenha sido eu, pelo contrário. Apenas percebi que não preciso manter a pose sempre, posso sim cair do salto. Eu posso chorar ainda que o meu comum sejam gargalhadas. E daí? O que os outros tem com isso? Só não estou com vontade de sorrir. Veja bem, não estou dizendo que pouco ligo para os outros. Apenas ligo mais pra mim. É preciso ter muito amor próprio para poder amar os outros. Já me amava, mas preciso me amar mais. E estou me amando. 

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