segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Que destino?

"Acho que o destino ainda nos fará..." "[...]É? Quer saber o que eu acho do destino? Acho que é uma grande farsa. A pessoa se esconde no vocábulo 'destino'. Como se eu dissesse que acho que o destino fará algo.. não, ele não fará. Se você acha que o destino fará algo é porque você já quer que essa coisa aconteça, e, ainda que inconscientemente, fará com que se torne realidade, tornará possível, criará situações até conseguir. E você conseguirá, e foi o destino que realizou? Não, esse mérito é teu. As pessoas falam que foi destino por medo (ou outra palavra que melhor se enquadre) de admitir que 'fez acontecer' algo que ansiava! Ou não, às vezes haja um destino, mas não creio que tenha coisas 'prontas' para o nosso futuro. É tudo quase que improviso!"
Belém - PA . Reflexões do vazio
Nossas vidas tomaram sentidos e direções diferentes. E você ainda me pergunta se acredito em destino? Não, não é por culpa do destino que não estamos juntos. Estamos separados por nossa mera falta de capacidade de correr atrás daquilo que tanto sonhamos, pela incompetência de um de não manter no outro aquela paixão que nos fez acreditar que tudo era do jeito que tinha de ser. Mas não, as coisas não são simplesmente por ter de ser assim. Elas vestem o que costuramos, elas dançam o que tocamos. E o que fizemos com a gente até hoje eu não entendi direito. Não acredito que tudo o que vivemos foi mera ilusão, minha, sua, nossa. Vivemos até onde nos permitimos, talvez um mais do que o outro, e por isso teve um fim. Não sei quem não continuou a escrever essa história, a verdade é que nem me interessa a essa altura do campeonato. Também não quero ficar remoendo palavras ditas ou escritas, dissemos tudo o que achamos necessário para construir o que tivemos, e se foi do jeito que foi é porque nos permitimos. Não importa o quão longe fomos, e nem se o que é distante pra você é perto demais pra mim... o que me resta dizer é que fomos o que o outro precisava, na medida certa. Se a medida fosse errada ainda estaríamos cobrando um do outro, e a nós mesmos a parte que nos cabe de cada. Também não acredito no pra sempre. E nem na posse de uma pessoa pela outra. Acredito que as pessoas são parte uma da outra até a pessoa se tornar completa, independente. Deixe-me esclarecer. As pessoas só ficam uma com as outras para suprir uma falta, e quando esta é suprida, acaba. Você foi meu, eu fui tua. Mas não somos mais um do outro. O que me interessava em ti já está em mim, e vice e versa. Hoje saímos em busca de algo que supra outro vazio, não o mesmo, algo novo. As pessoas nunca são inúteis em nossa vida, apenas permanecem só o tempo necessário na vida um do outro. Tempo necessário. E vamos embora, em busca de nos completar. Quanto egoísmo. Usei você, você me usou. E hoje o que sobrou? Não me pergunte, não se pergunte. Seguimos, e eu, mais do que nunca, com a certeza de que o destino não existe. O que existe é a vida que vivemos, fruto do que plantamos. Plantamos árvores frutíferas. Essas ora dão frutos bons, doces, que maduram rapidamente; ora dão frutos minguados, que nunca maduram. Como pode uma única árvore dar frutos tão diferentes? Não sei, e nem me interessa. Apenas colho, como, e torno a espalhar as sementes.


E hoje, quer saber o que me resta te dizer? 
- Obrigada! 
Pelo que? Também não interessa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário