domingo, 17 de janeiro de 2010

Marobservando


E sentia vagorosamente a onda vir e voltar
trazendo e levando sonhos e esperanças comuns
Mergulhava naquele mar, fugia da quebrantação,
perdia o pé do chão, e a cabeça já estava coberta
E retomar o ar me fazia renascer d'água.
Refugiava-me na areia, onde meus pés eram
levemente tocados pela água que vinha
beijar docemente a areia solitária.
Meus olhos perdiam o horizonte imenso
e perdiam, meus pensamentos, a razão do pensar.
Já estava tudo pronto, admirável, perfeito
Qualquer acréssimo feito por mim
quebraria o encanto inevitável do momento.
Resolvi mudar um instante de perspectiva,
de acento... passei à rocha que imóvel
estava lá desde a minha infância.
Nela aqueci do sol fresco, e refresquei-me
das gotas que respingam do brutal impacto
das ondas revoltadas no monte rochedo.
Óh! Mar misto, completo, perfeito e indecifrável
Não é possível descrever a intensidade de
sua imensidão em palavras.

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