quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Saudade

Eu não sei bem qual é o nome da sensação que sinto nesse momento. Não sei bem nem se era pra estar sentindo isso. Às vezes a gente tenta fazer a mente controlar o coração. E isso é possível. Mas é como se houvesse uma ferida sendo revirada sempre, cutucada, agredida... Mas dizem que às vezes é necessário que doa bastante para depois cicatrizar de vez. É como um machucado de uma criança que cai ao andar de bicicleta. Está doendo, mas é sabido que se lavar, passar álcool, facilita a cicatrização. Dói, eu sei, eu sinto... mas melhorará.


Tem um tempo já que me pergunto à que venho aqui, mas a resposta não me vem à cabeça. Está nas raízes, talvez, a razão. Está guardada na memória, nas marcas, nas fotos, na minha infância, na minha história... o motivo de tamanho amor. E que me carregam a continuar nessa tortura . A minha nostalgia faz isso!

Noto, é da infância que sinto falta. É da ingenuidade, das brincadeiras... dos campos mais verdes, das árvores, dos medos, da felicidade da chegada e da tristeza da partida. De cada detalhe que forma o que eu hoje eu chamo de tudo, tudo o que amo mesmo não sendo mais o que eu realmente amava. Como num casamento que é só paixão no inicio, mas ao passar do tempo passa a não ser mais o que esperava, o que realmente sentia já não existe, e já não entende mais o porquê, simplesmente se ama. E por mais que eu tente resgatar tudo o que realmente me fazia amar, as pessoas já não são as mesma, tanto aquelas que vêm, como aquelas que já estão; o lugar já não é o mesmo, tanto o de partida, quanto o de chegada. Eu não sou mais a mesma, tanto aquela de antes, quanto a de depois.

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