terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu quero ser poeta...

... E poder escrever sobre o que eu quiser, quando quiser, da forma que quiser. E simplesmente expressar da forma que eu bem entendesse o meu sentimento sobre os mais diversos assuntos. Ler coisas utópicas, escrever coisas utópicas. Acreditar, me iludir, criar o meu mundo, um mundo inteirinho só meu, um mundo paralelo a esse, que servisse como uma válvula de escape para as coisas que simplesmente não quero enfrentar por covardia, por valentia, por ignorância, por simplesmente não querer saber.
Quero ser poeta e não ter a obrigação de ler, fazer coisas que me chateiam, que me estressam, que me rodeiam... quero ser poeta e simplesmente ser eu. Pois assim serei eu sendo o que eu quero ser só porque gosto de assim ser. E assim serei o meu melhor, pois me encaixaria sendo eu. E ter o poder de brincar com as palavras.
Mas nessa sociedade, simplesmente ser o que realmente somos melhores, não nos dá sustento. E temos que nos dedicar para ser algo pré-moldado por outros, ainda que nós não nos encaixemos nesse molde. Mas é só cortar um bocado ali, encher um tiquinho aqui, e ir nos adaptando, nos recriando, porque o que somos não é o bastante para os outros, para todos.
Que bom que ainda posso ser poeta do meu jeitnho, ser poeta nos tempos vagos, ser poeta pra mim, ser poeta porque quero ser assim, e ser eu sendo o que quero ser, e sendo 'poeta' apenas uma maneira de dizer.

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