Não sei, sei lá

E eu não sei, de repente começo a me sentir meio sei lá
Quase não consigo encontrar palavras para descrever-me
Até mesmo porque já estou exausta de tentar definir-me
Estou começando a acreditar que isso não é tão necessário
Quanto a ser feliz ou coisa parecida.
No mesmo segundo em que me sinto meio enfastiada pelo tédio
Começo a perceber que não há sentido em me maltratar tanto por meio de nada
E talvez não lhe faça sentido ao ler isso
Mas afinal escrevo para eu mesma e não me importando com o que ocorrerá daqui a alguns instantes
Uma maneira apenas de expressar alguma coisas que passam voando depressa pela minha mente
E como num passe de mágica somem.
O que seria meio confuso para eu mesma que não consigo me entender
Mas sem querer me prender a regras ou padrões
Apenas escrevendo o que realmente passa em meus pensamentos

Cansei de tentar me dizer o que sou, não posso viver correndo atrás do que realmente sou
Um hora aparecerá para mim como milagre...
E nem sempre esse sorriso que expresso em meu rosto é de felicidade
Mas já sei que sou eu
Quando estou confusa então
Ponho minha mão... ou melhor apenas as pontas de meus dedos em meu rosto
E vejo, sinto o que sou ...
E digo agora que eu não poderia ser mais nada a não ser eu
Mas porque então ficar me martirizando por tão pouco.. por tanta angustia
Por ilusões que são criadas do nada, por anda, a fim de nada
Tolice eu afirmo que é

O que eu sou está dentro de mim
E ninguém poderá entender melhor do que eu mesma
Mas me entendo melhor quando tento não me entender sem querer
Quando ajo naturalmente
Quando sou apenas mais eu !
E não sei direito
Mas parece mais concreto esse mundo que crio pra fugir do pesadelo que invento da realidade.
Mais concreto quando escrevo ... ou sei lá
Pronto ... agora que já estou prestes a terminar... não me lembro de nem ao menos uma palavra citada acima...
E ainda bem que digitei rápido o suficiente para acompanhar o passo de meus fleches de pensamento.

E digo sem negar... Fim!