Transcrevo para cá agora algo que me confessei:
"E tudo se repete, agora sem vida e sem cor.
Como se eu e eu mesma não fossemos a mesma pessoa.
Tudo o que eu penso vai além do que eu escrevo.
Que melancolia.
Estou sozinha acordada, no frio desta madrugada,
no silêncio da minha pacata cidade,
ao som de cachorros inquietos,
Com os meus olhos jorrando lágrimas.
Que melancolia."
E após isso, apelo:
"Como se eu estivesse presa dentro de mim,
gritando, apelando, me remoendo por salvação.
'Socorro, alguém me ajude!'
É o que eu suplico encarecidamente quem escuta
meu interior. Quero fugir de mim.
'Alguém me destraia enquanto eu escapo de mim, por favor!'
Peço."
E apesar do aparente desespero, estou bem agora. Porém, eu pedi essa ajuda a alguém, mais diretamente não poderia ser... e ela? Nada fez... Pois é, eu deixei escutar meu interior, e ainda assim passou por indiferente!
E ainda digo no mesmo desabafo:
"Corra tempo, mas corra devagar, eu só quero ver esse tempo passar!"
Francamente, acho que já cheguei a uma conclusão a muito tempo, mesmo já tendo recebido um conselho de não me analisar, mas é inevitável... Sou estranha... e vivo escrevendo! Nunca uma pessoa me conheceu por inteiro, nunca chegaram a esse ponto, e quando chegam eu afasto. E quando permito não valorizam!
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