quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma chuva num beijo


Essa é uma história de como me apaixonei sem  nem mesmo esperar. Dizem que essas são as melhores, não? Chegam de repente, surpreendem quando tudo a sua volta está parado. Sem mais nem menos te encantam, fazem você acreditar em contos de fadas novamente. Demora a acreditar, temos medo de se machucar, estamos recalcadas.
Mas foi assim, eu me apaixonei. Será possível? Não sei, mas quero que seja sim! E se for, terá de me abraçar por inteira, tudo o que sou, fui e pretendo ser, bem como pretendo fazer.
Depois de duas longas semanas tediosas, aquele vazio inexplicável, surge um encontro... bom para passar o tempo à primeira vista. E como queria algo diferente, topei. Afinal, amizade né? Coisas muito loucas aconteceram, mas nenhuma tão inesperada e tão especial como o que aconteceu comigo. Assim que bati os olhos nele algo me disse que aconteceria algo, foi como se eu me visse dentre uma nuvem de estrelas.  Aparentemente nada de especial. No rolar da noite a gente vai notando alguns olhares durante as conversas, uma atenção mais concentrada, um carinho mais atencioso, um braço querendo abraçar; e você percebe que quer o mesmo.
No verão é comum chover bastante, é muito quente. Natural de mim, amo chuva e tudo que possa envolver a natureza, que me dê um contato. Alguns pingos começam a cair, ligeiramente tratei de me banhar. Ah, como é bom. Não fique sozinha, eis que uma companhia logo me vem fazer. E se distanciando foi indo para a rua brincar com poças de água. Alertei sobre os riscos, e mesmo usando isso como uma desculpa para me aproximar.
Eis que começo a ver sinais de uma nova paixão. Pediu minha mão, convidando-me para molhar os pés também, recusei e o chamei. Ele veio, e segurando minha mão arriscou um beijo, me afastei, mas insistiu até que conseguiu, eu também não tinha pra onde fugir estava encostada no muro, e com muita vontade de abraçá-lo.
Ali na calçada ficamos conversando, e nos beijando, nos conhecendo. Admirando os olhos fechados ao beijar. No meio da rua, ainda na chuva, dançamos. Quantos detalhes apreciados. O modo de segurar a mão ao dançar, a força do abraço, a chuva escorrendo pelo rosto, o sorriso, a história, o nome.
Durante a festa inteira, ainda que no meio de todos, estávamos de mãos dadas, abraçados, conversando, curtindo muito um pouco do outro. Não sei bem em virtude de que, mas algo nos prendeu, algo mexeu tanto com os dois. Parecia que estávamos ligados, como se nos conhecêssemos desde sempre, e com a impressão de que nos conheceríamos para todo o sempre.
Minha vontade era de parar a noite, e poder voltar e viver tudo de novo sempre que eu quisesse. Mas não faço isso, não por não poder fazer isso, mas sim por acreditar que muitas outras histórias acontecerão tão boas quanto. Muitos detalhes me levam a acreditar que poderá ser algo importante... não apenas uma paixão. Um possível amor!


 Num beijo descobri uma chuva de sentimentos que antes escrevia sem entender, acreditando, idealizando. Hoje descobri que estava no caminho certo. Profetizei!

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